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Uma professora de 44 anos e seu marido conseguiram flagrar um policial civil que havia clonado o carro deles e causado um prejuízo de cerca de R$ 2.000 em multas. O suspeito foi preso pela Polícia Militar e pode ser expulso da corporação.
Silvana Aparecida Borges Gonçalves tem um veículo Corsa, que utiliza para se deslocar entre sua casa, em Arthur Alvim (zona leste de São Paulo), e o centro da cidade, onde trabalha.
Neste ano, no entanto, ela começou a receber multas por infrações de trânsito cometidas na avenida Inajar de Souza, na Vila Penteado (zona norte), por onde não costuma trafegar.
Com as autuações e os muitos pontos registrados na carteira de habilitação, a professora acabou perdendo o direito de dirigir. Suspeitando que seu carro havia sido clonado, ela procurou uma delegacia em julho e registrou sua suspeita.
Como a polícia não solucionou o caso, a professora decidiu agir por conta própria. Com a ajuda do marido, que é motorista de ônibus, foi à avenida Inajar de Souza e ficou à espera do carro clonado.
De acordo com a Polícia Civil, quando avistou o veículo, por volta das 16h45 da última quarta-feira, ela pediu ajuda a policiais militares que patrulhavam a área. O motorista do Corsa clonado foi abordado e sua identidade foi, então, revelada: era um policial civil.
Estelionato
A polícia descobriu, que além de ter adulterado uma placa, o suspeito estava usando um carro que havia sido apreendido pela polícia em dezembro de 2005 na região da Casa Verde (zona norte) e que ainda não havia sido devolvido ao dono.
O policial foi levado ao plantão do 72º Distrito Policial (Vila Penteado) e depois para a Corregedoria da corporação. Teve a arma e o distintivo apreendidos e foi encaminhado ao presídio da Polícia Civil.
Ele irá responder pelos crimes de estelionato e adulteração de identificação de veículo automotor. O carro clonado foi submetido à perícia para verificar se tinha peça ou componente roubado. A polícia descobriu que a placa original do veículo era de São Caetano do Sul (na Grande SP).
A Corregedoria da Polícia Civil investigará também como o veículo apreendido passou a ser usado pelo policial civil suspeito e se havia conhecimento de seus superiores.
Outro Policial
Policial acusado foi liberado por falta de perícia, mas poderá ser indiciado por receptação
O policial militar Carlos Wagner dos Santos foi flagrado, no fim da noite de segunda-feira, com um carro clonado de um outro policial militar, na Rua da Consolação, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. O veículo clonado, o Astra branco, placa KZP 0197, tinha cerca de 30 multas, a maioria por excesso de velocidade.
A grande quantidade de multas registradas contra o veículo chamou a atenção do cabo PM Elias de Araújo Moreira, que, de acordo com dados da polícia, é o proprietário de fato e direito do Astra, que teve a placa e os documentos clonados.
Morador de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, e lotado no batalhão do município, o cabo Elias percebeu as irregularidades durante a vistoria do carro no Detran. O PM estranhou o fato de as multas terem sido aplicadas na Zona Oeste.
Conforme policiais da 35ª DP (Campo Grande), onde o caso foi registrado, o policial Wagner dos Santos, que é lotado do Regimento de Polícia Montada (RPmont), alegou, em depoimento, ter adquirido o veículo, há três meses, de uma outra pessoa, e desconhecer a clonagem.
O policial informou ainda que comprou o carro por cerca de R$ 15 mil. O veículo, no entanto, estaria avaliado em aproximadamente R$ 30 mil. Durante as investigações, um homem e uma mulher, apontados pelo PM como supostos parentes do homem que lhe vendeu o carro, foram detidos, prestaram esclarecimentos e foram liberados.
PM foi liberado por falta de perícia
Apesar de ter sido flagrado com o carro clonado, o PM não foi preso por falta de provas. Segundo os policiais responsáveis pelas investigações, não havia, na noite de segunda-feira, perito criminal para constatar as iminentes irregularidades.
O carro clonado foi apreendido e será encaminhado à perícia. O policial foi liberado. Caso constatada a clonagem do veículo, o PM poderá ser indiciado por crime de receptação, mas responderá pelo crime em liberdade.
sábado, 12 de dezembro de 2009
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