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A partir de setembro de 2010, será obrigatória a utilização do termo "etanol" em vez de "álcool" nos postos de combustível.
Se o álcool é nosso porque não podemos chamá-lo como sempre o chamamos? Porque temos de nos curvar ao termo etanol e não eles?
A determinação da ANP (Agência Nacional do Petróleo) foi publicada nesta sexta (11) no "Diário Oficial da União". "Na medida em que o etanol se torna de interesse global e o Brasil é visto como o país onde a opção etanol dá certo, é essencial adotarmos a nomenclatura que o mundo inteiro usa", afirma Adhemar Altieri, diretor de comunicação corporativa da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar).
"Com o interesse crescendo, também cresce a perspectiva de mais exportações do etanol brasileiro. É importante que esteja claro para os países que tratarem conosco que estamos falando do mesmo combustível que eles já conhecem", diz o diretor.
Segundo ele, é importante diferenciar o álcool que vai no tanque do álcool que se bebe, especialmente quando o motorista se depara com mensagens publicitárias como "álcool e direção não combinam". Essa nomenclatura já vem sendo utilizada nas propagandas de vários comerciais de distribuidoras.
Diferenças entre o ÁLCOOL e ETANOL
O metanol é um álcool oriundo da mesma família do etanol. Pode ser extraído da nafta, do xisto, gás, da madeira ou do carvão vegetal. Os meios mais simples e usuais são a gaseificação do carvão vegetal e da madeira ou pirólise dos mesmos.
São necessárias 2 toneladas de madeira para uma produção de 200 litros de álcool ou metanol. O Brasil, com grandes áreas cultiváveis, produz álcool com um custo infinitamente inferior utilizando cana de açúcar, mandioca, babaçu, batata, eucalipto, beterraba, etc.
O metanol é extremamente tóxico: penetra no corpo humano pela pele, vias respiratórias e digestivas, podendo levar à cegueira total ou parcial e até mesmo à morte. A principal vantagem em sua utilização é o poder de resistência à detonação: possuindo um elevado índice de octanagem (que se situa na faixa de 90 a 120, avaliado pelo sistema MON, ou método motor). Este valor é meramente comparativo à gasolina, uma vez que o álcool não possui octanas propriamente ditas.
O etanol ou AEHC, álcool etílico hidratado carburante, é produzido no Brasil através da fermentação de açúcares (amido e celulose), e é o combustível que adquirimos nas bombas dos postos de serviço. Sua composição de álcool e água é padronizada pela ABNT, CNP e INPM, pois alterações em sua densidade acarretarão mau funcionamento e possíveis danos internos ao motor.
Em casos de emergência, utilizar álcool de limpeza é uma opção, mas não uma solução, pois o teor de água é incompatível com os requisitos do motor. A combustão processa-se sem maiores problemas, mas não é o correto.
sábado, 12 de dezembro de 2009
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