quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Copenhague: Brasil está bem na fita

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Estados Unidos anunciam que vão doar US$ 1 bi para combate ao desmatamento. Esse valor irá compor um fundo de curto prazo e somaria um total de US$ 3,5 bilhões. Austrália, França, Japão, Noruega e Grã-Bretanha participariam também.

Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (16) que vão contribuir com US$ 1 bilhão (cerca de R$ 1,7 bilhão) para um fundo de curto prazo de US$ 3,5 bilhões destinado a desacelerar o desmatamento.

A Chefe da Casa Civil, ministra Dilma Rousseff e da delegação brasileira na 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em Copenhague (Dinamarca), Dilma faz na ocasião sua primeira intervenção na agenda internacional. Levará ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a proposta de cortar cerca de 1 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente até 2020.

O Brasil foi, voluntariamente, uma das primeiras nações a anunciar metas de redução de emissões. Acredita, com isso, ter reavivado a conferência, presa à resistência de países ricos a adotar medidas mais robustas.

Já o presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou um corte em 17% nas emissões, mas tendo como base o ano de 2005. A China, maior emissor global de dióxido de carbono, comprometeu-se a diminuir entre 40 e 45% até 2020.

No geral, as metas até agora propagadas não acompanham o desafio de evitar um colapso climático no mundo. A questão-chave está em diminuir o desmatamento e definir formas de financiamento por parte dos países ricos para que nações em desenvolvimento - menores emissores mundiais - possam alavancar ações de redução.

Energia limpa

Dilma Rousseff - ex-ministra de Minas e Energia - foi à conferência mostrar o histórico e o discurso de matriz energética mais limpa do mundo. De acordo com seus próprios dados, usinas hidrelétricas, biocombustíveis e outras fontes renováveis respondem por 45,9 % de toda energia consumida no país, marca bem acima da média mundial.

O programa de ações voluntárias anunciado pelo Brasil tem por meta diminuir emissões entre 36,1% e 38,9% até 2020. Para isso, se compromete, entre outras medidas, a reduzir em 80% o desmatamento na Amazônia e em 40% no cerrado - corte de 669 milhões de CO2 equivalente, segundo dados do artigo.

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