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Um menino de dois anos e três meses, está internado na U.T.I do Hospital do Oeste, em Barreiras, 860 de Salvador, com cerca de 50 agulhas no corpo. Segundo informações da Assessoria de Comunicação do HO, o estado do menino é grave, apesar de estar consciente. Uma agulha já perfurou o pulmão.
Os médicos estudam a possibilidade de se fazer uma cirurgia próxima aos órgãos vitais, mas ainda não há previsão de quando será realizada.
Segundo informações da mãe da criança, Maria Souza Santos, 38 anos, moradora da cidade de Ibotirama (210 km de Barreiras), o menino começou a passar mal na semana passada.
1a. vez) “Tudo que ele comia vomitava, até água, então levei ele para o hospital Regional de Ibotirama. O médico passou soro e mandou ir para casa”.
2a. vez) Ainda segundo a mãe, a criança voltou a passar mal novamente e voltou ao hospital, quando foi medicado e liberado.
3a. vez) Pela terceira, com muita dor no corpo retornou novamente ao médico, quando foi realizado o exame de RX, que constatou que a criança estava com 17 agulhas espalhadas pelo corpo.
Um novo exame foi realizado, desta vez no HO, e nele foi detectado mais de 40 agulhas no corpo do menino. De acordo com a mãe, a situação da filho ainda é grave, apesar de ter voltado a falar hoje. “Graças a Deus meu filho está melhor, ele não estava falando, mas hoje voltou a conversar tudo”.
Não há nenhuma marca no corpo da criança, nem ferimento algum, mas é possível sentir as agulhas espalhadas pelo corpo. “Ele não aguenta nem virar por causa de tanta dor que sente, é preciso que as enfermeiras o ajudem”, conta a mãe. Maria Souza Santos, também informou que não tinha essa quantidade de agulha em casa. “Minha mãe não é costureira, não tinha lógica ele enfiar ou engolir esse tanto de agulha, isso é muito estranho”.
Não há até o momento nenhum diagnóstico, enquanto isso, a criança sente muitas dores e tem chorado bastante por causa do incômodo das agulhas. “Meu filho está nas mãos dos médicos, só eles e Deus podem salvar a vida de meu filho”, desabafou a mãe.
Médico diz que menino pode ter que conviver com agulhas em seu corpo
O diretor médico do Hospital Oeste, em Barreiras, na Bahia, onde está internado um menino de 2 anos com cerca de 50 agulhas espalhadas pelo corpo , disse que a criança provavelmente terá que conviver com os objetos no seu organismo, desde que eles não tragam inconvenientes ou danos para a sua saúde. Segundo o diretor Luiz Cesar Soltoski, uma possível retirada das estruturas metálicas pode causar danos ao corpo do paciente.
O diretor disse que o mais importante agora é cuidar do pulmão do menino, que foi perfurado por uma das agulhas. Ele disse que seu estado é considerado estável. A perfuração no pulmão permitiu que entrasse ar entre o órgão e a cavidade torácica, dificultando a respiração do menino. Segundo o médico, um tubo foi colocado no paciente para permitir que este ar saia e não retorne ao organismo.
Luiz Cesar Soltoski não sabe como as agulhas foram parar dentro da criança, mas descartou a possibilidade de o menino ter engolido os objetos. As agulhas estão espalhadas pelo corpo do menino, em regiões como pescoço, pernas, abdômen, tórax e no sistema digestivo.
- Com certeza ele não ingeriu. Se tivesse ingerido, as agulhas estariam no trato gastro-intestinal - explicou.
Segundo o médico, não há previsão de alta e, no momento, o menino não corre risco de morrer por causa das agulhas. Soltoski disse que nunca viu caso parecido.
Polícia diz ter certeza que alguém colocou agulhas no corpo de criança
O delegado que investiga o caso do menino de 2 anos que tem cerca de 50 agulhas espalhadas pelo corpo, e está internado na Bahia, disse que tem certeza que alguém introduziu os materiais metálicos na criança. O delegado titular da delegacia de Ibotirama, Hélder Fernandes Santana, disse que ainda não sabe quem colocou as agulhas na criança.
Santana disse que vai investigar todos que têm contato com a criança. Ele já ouviu o padrasto e dois vizinhos, e disse que não há histórico de maus tratos contra o menino. A criança mora com a mãe e o padrasto, que segundo o delegado, trata bem o enteado. A mãe disse que costuma deixar o filho com a avó para poder ir trabalhar.
O delegado disse que não acredita na possibilidade de as agulhas terem sido esquecidas no corpo do menino durante algum procedimento médico, pois a criança não teria passado por cirurgias e também porque as agulhas parecem ser de costura de tecidos.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
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