domingo, 14 de fevereiro de 2010

Maior parte do dinheiro americano está contaminada por cocaína

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Para os usuários de cocaína, uma nota de US$ 20 enrolada pode ser a ferramenta mais conveniente para cheirar a droga em forma de pó. Ou pelo menos assim parece pelo resultado de uma recente análise de 234 cédulas provenientes de 18 cidades americanas, nas quais em 90% foi encontrada cocaína.

Talvez isso não seja surpresa, já que segundo um relatório do Escritório de Política Nacional para o Controle das Drogas dos Estados Unidos mais de 2 milhões de americanos usaram cocaína em 2007, o que está relacionado com efeitos adversos que vão desde vício debilitante até ataques cardíacos. O Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime, por seu lado, relatou no mesmo ano que 6 milhões de americanos admitem usar cocaína anualmente, consumindo um total de 457 toneladas em um ano.

O níveis de cocaína nas cédulas americanas variam de 0,006 microgramas a mais de 1.240 microgramas – o equivalente a 50 grãos de areia – e notas de US$ 5, US$ 10 e US$ 20 estão em média mais contaminadas que as de US$ 1 ou US$ 100.

Canadá e Brasil também apresentam grande quantidade de cocaína em suas notas

Zuo e seus colegas também testaram cédulas do Brasil, Canadá, China e Japão, e descobriram que os asiáticos parecem usar menos drogas – apenas 20% das 112 notas chinesas de Yuan testadas apresentavam traços, e apenas 12% das 16 notas japonesas de Iene continham a droga.

Os canadenses, entretanto, também parecem ser grandes apreciadores e, talvez, um pouco negligentes no consumo e tráfico. Mais de 2.350 microgramas de cocaína foram encontradas em algumas das notas canadenses, 85% das quais apresentavam algum nível de contaminação, enquanto que 80% das notas brasileiras de real também apresentaram traços da droga.

De acordo com a pesquisa, parece que as notas de 100 não são muito populares entre os traficantes (ou usuários) como talvez se acredite popularmente. “Raramente se vê tirarem as de 100, a não ser que estejam comprando quilos”, acrescenta Bell. “O usuário nas ruas utiliza notas de 5, 10 ou 20”.

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