sábado, 23 de outubro de 2010

Suicídios de jovens gays chama a atenção de Barack Obama

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O presidente dos EUA, Barack Obama, se disse "chocado e triste" pelos suicídios recentes de jovens alvos do chamado "bullying" --humilhação por colegas-- por serem gays.

"Como pai de duas filhas, isso parte meu coração. É algo que simplesmente não deveria acontecer nesse país", disse Obama em uma mensagem aos jovens divulgada na noite de ontem (21) pela Casa Branca.

Para o presidente dos EUA, já é tempo de os americanos desfazerem o mito de que o "bullying" é "apenas um rito de passagem normal".

"Eu não sei como é sofrer humilhação por ser gay. Mas eu sei como é crescer sentindo que você não pertence [a um meio]", disse Obama. "É duro."

"Quero dizer o seguinte: vocês não estão sozinhos, vocês não fizeram nada de errado, vocês não fizeram nada para sofrer isso. Vocês verão que as suas diferenças são uma fonte de orgulho e força", afirmou.

O "bullying" contra gays ganhou repercussão recentemente devido a uma série de suicídios de jovens alvos de humilhações.


Asher Brown, 13, de Houston, matou-se com a arma do próprio pai. Tyler Clementi, 18, de New Jersey, pulou de uma ponte após ser gravado secretamente --e depois exposto na internet-- por seu colega fazendo sexo com outro garoto. E Jaheem Herrera se enforcou no armário após semanas dizendo que era insultado e chamado de gay por colegas.

Masika Bermudez, mãe de uma outra vítima, de 11 anos, que se suicidou no ano passado, escreveu a Obama pedindo ajuda para acabar com esse tipo de violência.

No começo desta semana, a secretária de Estado, Hillary Clinton, também havia se manifestado sobre o tema, se dizendo entristecida pelos suicídios.

"Essas mortes recentes são uma lembrança de que os americanos têm de trabalhar duro para superar o ódio."

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