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O eleitor-pêndulo parece não querer se decidir já. Alguns eleitores fazem ‘pit stop’ no grupo de indecisos.
O principal recado da pesquisa Datafolha –a parte até agora publicada– é muito simples: o “eleitor-pêndulo” não quer se decidir imediatamente sobre em quem votar no segundo turno para presidente. Saiu um pouco de Dilma Rousseff (PT), mas não quis ir para José Serra (PSDB).
Essa turma representa cerca de 5% do eleitorado, é muito exigente e já deu um recado duro a Lula em 2006, quando o petista ficou sem a vitória no primeiro turno. São pessoas que olham de soslaio, como Capitu, e dizem: “Hummm, vou esperar um pouco mais”.
Até sábado, dia 2 de outubro de 2010, véspera do primeiro turno, numa hipotética disputa de segundo turno, Dilma Rousseff (PT) teria 52% contra 40% de Serra, segundo o Datafolha. Havia também 5% de eleitores votando em branco, nulo ou nenhum. E 3% de indecisos.
Ou seja, antes do primeiro turno, a vantagem de Dilma sobre Serra era de 12 pontos.
Agora, na pesquisa Datafolha realizada em 8.out.2010, Dilma aparece com 48% contra 41% de Serra (PSDB). Há também 4% de eleitores votando em branco ou nulo. Outros 7% dizem estar indecisos. A diferença entre a petista e o tucano é agora de 7 pontos percentuais.
Portanto, pós-primeiro turno, a vantagem de Dilma sobre Serra passou a ser de 7 pontos. Ocorreu uma perda de 5 pontos.
O “eleitor-pêndulo” está representado nesses 5 pontos percentuais que oscilaram depois do primeiro turno. Sendo que 4 pontos desaguaram no grupo de “indecisos, brancos e nulos”. E só 1 ponto foi para Serra.
Nunca é demais lembrar que a margem máxima de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos (post abaixo fala sobre metodologia). No limite, tudo pode estar onde sempre esteve.
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