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Longe de ser fruto da imaginação feminina a percepção da pouca presença dos homens disponíveis para o casamento se dá por alguns fatores como homens morrerem mais cedo que as mulheres e se casarem com companheiras mais nova.
"Depois dos 30 anos começa a faltar homem para casar. Quando chega aos 50 um homem brasileiro tem disponível pra ele cerca de 50 mulheres, mais velhas, da mesma idade ou mais jovem", analisa a pesquisadora.
Doutora em antropologia, Mirian Goldenberg tem a infidelidade como seu principal objeto de estudo científico. Segundo a autora, essa pressão demográfica de mulheres solteiras e homens casados é uma das causas que pode ajudar a explicar a traição, uma vez que uma solução é tornar-se amante de alguém comprometido.
Outra solução que muitas mulheres encontram são os relacionamentos com outras mulheres. A antropóloga explica que durante sua pesquisa ouviu reclamações de que era difícil conseguir intimidade com homens. O carinho, toque e atenção que não são possíveis encontrar com os homens acaba se criando num relacionamento lésbico.
Como afirma no livro só a ideia do contingente populacional, no entanto, não esclarece as motivações masculinas e femininas para a infidelidade ou fidelidade, assim como não ajuda a compreender outros fenômenos ou situações, como homens fiéis ou mulheres casadas e com amantes, por exemplo.
"São inúmeras as questões que não podem ser respondidas pela mão invisível do mercado", observa. Em busca da lógica por trás da infidelidade Mirian constrói um primoroso trabalho.
Mirian Goldenberg é antropóloga autora de livros como "A Outra" e "Toda Mulher é Meio Leila Diniz", e "Por que Homens e Mulheres Traem".
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