quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Brasileiros firmam acordo de compra do Burger King por US$ 4 bi

.
O Burger King anunciou nesta quinta-feira um acordo com o fundo 3G Capital para venda de todas suas ações ordinárias por US$ 24, cada, ou um montante de US$ 4 bilhões, informou em comunicado oficial a rede de fast-food. A aquisição inclui o refinanciamento das dívidas da empresa. A transação deverá ser concluída no quarto trimestre deste ano.

O fundo multi-bilionário tem sede em Nova York e foi fundado pelos brasileiros Marcel Telles, Jorge Paulo Lemann e Carlos Alberto Sicupira -- acionistas da ABInBev, maior cervejaria do mundo e que controla a AmBev.

Em comunicado, o Burger King informou que o termo do acordo foi aprovado por unanimidade pelo Conselho de Administração da rede, e detalha que todas as ações ordinárias serão vendidas. O ágio obtido com a operação, de acordo com a companhia, será de 46% sobre o preço dos papeis -- antes afetados por rumores de mercado.

O acordo prevê que a 3G Capital compre, por meio de oferta pública, a totalidade das ações em circulação (listadas em Bolsa) da companhia.

Cerca de 31% das ações em circulação pertencem aos associados da TPG Capital LP, Goldman Sachs Capital Partners e Bain Capital Investors. O acordo celebrado informa que esse percentual será ofertado integralmente na venda.

Para a aquisição, a 3G Capital obteve financiamento direcionado à compra da totalidade das ações em circulação e para o refinanciamento das dívidas existentes.

Segundo o site institucional da 3G Capital, o fundo "tem foco em investimentos em ações de companhias bem geridas, fundamentalmente sólidas que estão sendo negociados com um desconto substancial de seu mercado", e de capital aberto.

No comunicado, Alex Behring, sócio da 3G Capital, justifica a aquisição por ser "o Burger King um ícone das marcas mundiais e com rede franqueada sólida, além de grande oferta de produtos [o que] tornar este [acordo] um ajuste perfeito para 3G Capital -- que tem um forte histórico de investimentos de longo prazo em relação às marcas globais de consumo e varejo".

Nenhum comentário: