quinta-feira, 15 de abril de 2010
Corrupção Policial, quem terá CORAGEM para enfrentar?
Secretário de Segurança diz que 200 policiais podem ser expulsos por ligação com crimes
O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, afirmou na tarde desta quarta-feira, ao se referir à Operação Alvará, da Polícia Federal, que 200 policiais podem ser excluídos a qualquer momento da corporação por envolvimento com crimes. Para Beltrame, o envolvimento de policiais com a contravenção carioca é histórica no estado e precisa ser combatida por todas as instituições policiais, seja ela estadual ou federal.
- A Polícia Federal fez mais um belíssimo trabalho de combate à máfia dos caça-níqueis que atua no estado. De nossa parte, estamos trabalhando: já excluímos 300 da polícia e outros 200 estão respondendo processo e podem ser excluídos a qualquer momento. Também estamos atuando em outras frentes, combatendo as milícias, que reúnem em seu núcleo policiais civis e militares. E vamos continuar agindo dessa forma - afirmou o secretário, comentando ainda que a corrupção na polícia é uma "chaga".
A Ponta de um gigantesco "ICEBERG"
Na terça-feira, o presidente da Escola de Samba Unidos de Vila Isabel, Wilson Vieira Alves, conhecido como Moisés, foi preso em sua casa, no Leme, na Zona Sul do Rio, durante a operação da PF batizada de "Alvará". Com Moisés, os agentes encontraram R$ 42 mil. Além dele, foram presos dois diretores e um assessor da escola de samba. Ao todo, a Justiça Federal expediu 51 mandados, sendo 29 de prisão e 42 de busca e apreensão. Cinco acusados estão foragidos e 24 foram presos, entre eles oito policiais: sete PMs (um deles major PM) e um civil, inspetor da Polícia Civil, lotado na Polinter.
O presidente da Vila está no Presídio Ary Franco, em Água Santa. De acordo a Polícia Federal, Moisés seria o chefe do grupo, enquanto os policiais agiam como informantes e faziam a segurança armada do bando. Nesta quarta-feira, o promotor Paulo Wunder de Alencar, do Ministério Público estadual, se reuniu com o superintendente da Polícia Federal e pediu que as operações contra a máfia do caça-níquel continuem.
Em outro caso envolvendo o jogo ilegal, a Divisão de Homicídios deve ouvir até segunda-feira o depoimento do contraventor Rogério Andrade, alvo de um atentado a bomba na semana passada, na Barra da Tijuca. Cinco PMs faziam a segurança de Rogério na hora do atentado.
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