domingo, 1 de abril de 2012

Violência dispara em Minas: Secreário cai




O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), solicitou ao secretário de Defesa Social, o também tucano Lafayette Andrada, que retornasse à Assembleia Legislativa do Estado para exercer a liderança. O procurador de Justiça Rômulo de Carvalho Ferraz foi convidado para assumir a secretaria e foi empossado na tarde de hoje.

Embora o governo não tenha oferecido uma justificativa oficial para a troca no comando da secretaria, os índices de criminalidade no ano passado em Minas Gerais, divulgados pela pasta apenas no último dia 29, apresentaram crescimento em relação a 2010, o que teria motivado críticas ao trabalho de Andrada. A taxa de crimes violentos (homicídios, tentativas de homicídios, estupros e roubos) aumentou 10,80%, e a taxa por grupo de 100 mil habitantes, que leva em conta o crescimento populacional, foi de 277,78 em 2011, contra 250,52 em 2010, segundo o Centro Integrado de Informações de Defesa Social (Cinds). Em números absolutos, as ocorrências aumentaram de 50.625 para 56.593.

Em nota, a secretaria ressalta que, na comparação com 2004, a taxa de crimes violentos no Estado caiu 48,80%, deixando para trás uma taxa de 539,15 ocorrências para cada grupo de 100 mil habitantes. Na Grande Belo Horizonte, entretanto, a taxa aumentou de 545,05 por grupo de 100 mil habitantes em 2010 para 624,54 em 2011 – uma variação de 14,5%. Na capital, a mesma taxa, no mesmo período, aumentou de 703,91 para 783,91, em aumento de 11,4%. Em números absolutos, o crescimento foi de 17.369 ocorrências para 19.487.

Rômulo Ferraz tem 51 anos e é natural de Belo Horizonte. Desde março de 2001, ele é procurador de Justiça do Estado, tendo atuado nas áreas de Defesa do Patrimônio Público, Combate à Sonegação Fiscal e de Defesa dos Portadores de Necessidades Especiais. Foi também promotor Eleitoral em Belo Horizonte. O novo secretário de Defesa Social integrou o Conselho Superior e a Câmara de Procuradores de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais, além de ter sido secretário do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de Justiça. No biênio 2010-2011, ocupou a presidência da Associação Mineira do Ministério Público.

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