sábado, 30 de julho de 2011

País sério é outra coisa




Nos Estados Unidos mesmo custando R$1,56 o litro da gasolina, o presedente Obama fixa meta de 23 km por litro para os EUA.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, revelou nesta sexta-feira o ambicioso plano do governo para elevar a média de consumo de combustível por fabricante para 23,08 quilômetros por litro até 2025. A decisão deverá alterar as linhas de produtos de todas as indústrias automotivas e os hábitos de compra dos consumidores americanos.

Diferentemente do que ocorreu quando foram aprovadas as atuais normas de consumo, em 1975, as grandes fabricantes americanas desta vez estão apoiando o objetivo, mesmo considerando-o elevado, e já começaram a trabalhar em seus produtos para adaptá-los aos futuros padrões.

A motivação principal do governo não é com o ambiente, mas econômica. Segundo Obama, este é o passo mais importante já tomado pelos EUA para reduzir sua dependência do petróleo estrangeiro.

As medidas de economia são apoiadas pelos fabricantes e sindicalistas, apesar de haver preocupação com os custos envolvidos nas mudanças necessárias para o futuro. Mas o apoio geral é incentivado pela elevação dos preços dos combustíveis: a gasolina está custando nos EUA, em média, R$ 1,56 por litro, contra R$ 1,13 há um ano.

Pesquisas realizadas no país mostram que as medidas têm também grande apoio popular: 82 por cento da população concordam com o objetivo fixado nas novas normas. Os americanos dependem largamente do transporte individual e, segundo Obama, os novos níveis de consumo economizariam hoje, em média, US$ 8 mil (R$ 12.800,00) anuais por família.

Muitos analistas consideram que o apoio inconteste das fábricas de automóveis se deve menos à convicção e mais à necessidade de não se posicionarem como contrárias ao interesse da sociedade.

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