
O vice-presidente do país, Rafael Espada, compareceu ao local nesta segunda (31). Segundo ele, a população que mora dentro do raio de um quarteirão em torno do buraco será evacuada e a polícia civil manterá vigilância permanente para evitar que os bens dos moradores sejam saqueados.

Espada anunciou ainda que aguarda os resultados das análises da Coordenadoria Nacional para a Redução de Desastres (Conrad), juntamente com o governo da Guatemala, a fim de apresentar propostas para a reconstrução da área e evitar que eventos como esse voltem a acontecer.
“Peço à população que não se aproxime da zona de perigo, pois há ruídos de defeitos e devemos ser cuidadosos”, disse.
Tempestade
Equipes de resgate buscavam nesta segunda sobreviventes em zonas rurais de difícil acesso na América Central, onde a tempestade tropical Agatha causou fortes chuvas no fim de semana, transbordando rios e provocando deslizamentos de terra que deixaram ao menos 113 mortos.
Na Guatemala, país mais afetado com ao menos 92 mortos, 54 desaparecidos e mais de 80 mil desabrigados, socorristas batalhavam em um terreno difícil, além da falta de ferramentas e máquinas para recuperar corpos, enterrados também entre pedras e troncos.

"Temos somente o convencional como pás, picareta, porque não contamos com um maquinário para poder fazer as escavações", disse à Reuters Mario Cruz, dos Bombeiros Voluntários, um dos principais corpos de resgate do país.
Em Honduras morreram 12 pessoas - a maioria arrastada por correntes de rios -, enquanto El Salvador registrava 9 mortos e mais de 10 mil desabrigados.
"Estamos trabalhando sem descansar desde que começou a emergência (noite de sexta-feira), mas o principal obstáculo é chegar às aldeias porque os caminhos estão partidos", completou Cruz.

Nesta segunda, a tempestade praticamente havia se dissipado e o clima tendia a melhorar na região.
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