quinta-feira, 28 de junho de 2012

Google anuncia tablet próprio com tela de 7 polegadas e novo Android

 
O Google anunciou um tablet próprio para concorrer com o iPad, da Apple, e o Surface, revelado recentemente pela Microsoft. Durante o evento anual Google I/O, em San Francisco (EUA), a companhia apresentou o aparelho, que ganhou o nome de Nexus 7 e funciona com a nova versão do Android, apelidada de Jelly Bean. O novo tablet tem tela de 7 polegadas.
O aparelho não conta com conexão 3G, apenas Wi-Fi, Bluetooth e NFC (sigla para Near Field Communication, uma tecnologia que permite transmissão de dados entre dois aparelhos ao aproximá-los). Equipado com processador Tegra 3 de 1.3 GHz com quatro núcleos, o aparelho ainda tem 1 GB de memória RAM e bateria que dura 9 horas ao rodar vídeos. A tela do Nexus 7, que pesa 340 g, tem resolução de 1280x800 pixels.
Fabricado pela Asus, o tablet do Google será vendido em dois modelos: de 8 GB (por US$ 200) e de 16 GB (por US$ 250). Nos EUA, Canadá, Reino Unido e Austrália, o Nexus 7 chega em meados de julho. As encomendas do novo aparelho podem ser feitas na Google Play.

Com um processador poderoso, os games para o Nexus 7 terão gráficos próximos dos jogos para consoles como PlayStation 3 e Xbox 360. Há efeitos de luz e de partículas e, segundo o Google, os títulos serão voltados para jogadores “hardcore”, algo que a empresa diz que falta nos aparelhos móveis atualmente.

Mercado de tablets
Na avaliação de Attila Belavary, analista da IDC Brasil, a oferta de um tablet próprio pelo Google, assim como ocorreu com o Surface, da Microsoft, é uma forma de dar o exemplo de como seria a "máquina ideal". "Eles querem mostrar aos parceiros que também podem integrar software e hardware – assim como a Apple”, afirmou.

A aposta do Google em um tablet mais barato, com especificações limitadas e voltado ao consumo de serviços e conteúdos on-line, entretanto, ainda não deve ser recebida em mercados como o Brasil, avalia o analista.

“O Kindle Fire, da Amazon, tem um valor mais baixo, mas a empresa ganha na venda dos serviços de conteúdo como livros, séries de TV e filmes. No Brasil, vimos a entrada da Netflix, mas ainda é um segmento muito novo. No curto prazo não vejo grandes expectativas de venda para esses produtos”.

Para Belavary, a estratégia adotada pela Microsoft e pelo Google não coloca em risco os parceiros e beneficia o consumidor, que “ganha com mais opções”. Somente no Brasil, segundo a IDC, o consumidor encontra 17 diferentes grandes marcas de tablets no varejo, sendo que 40% possuem produção local. “Em 2010, o mercado estava concentrado nas marcas Applex e Samsung”, compara.

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