O Observatório de Dinâmica Solar, da Nasa (agência espacial dos EUA), registrou a alteração recente na região conhecida como 1416.
Não se sabe qual será o potencial do fenômeno, mas alguns cientistas dizem que as explosões solares poderiam ser de média intensidade e sentidas nas regiões polares, com pequenas interferências nos sistemas de comunicações.
As explosões não colocam em perigo os seres humanos.
Mas afinal, o que são as manchas?
CONHECIDAS DESDE A ANTIGUIDADE, sua origem já foi erroneamente atribuída a nuvens, pequenos planetas perto do Sol e até mesmo montanhas em sua superfície. Hoje sabe-se que estão intimamente relacionadas ao campo magnético do Sol, cuja intensidade média é de 1 Gauss, mas pode atingir milhares de Gauss próximo às manchas.
O Sol não é um corpo rígido. Formado sobretudo por gás hidrogênio na forma de plasma (uma espécie de gás ionizado), o Sol tem uma rotação diferenciada em função da latitude. Uma região equatorial leva cerca de 26 dias para completar uma volta, enquanto próximo aos pólos a rotação pode chegar aos 30 dias.
Provavelmente esta é a principal causa das manchas. A cada rotação as linhas do campo magnético do Sol aproximam-se mais e mais uma das outras, arrastando consigo o plasma. Chega um momento em que as linhas se reconectam, com tremenda liberação de energia. Ocorre então a expulsão de matéria da fotosfera (a camada visível do Sol) na direção das linhas de campo magnético.
Ocorre então a expulsão de matéria da fotosfera (a camada visível do Sol) na direção das linhas de campo magnético. As regiões em que os laços magnéticos saem e retornam à fotosfera possuem polaridades magnéticas opostas e nelas surgem as manchas solares, com temperatura média de 4.300K (contra os usuais 6.000K nas regiões ausentes de manchas).
Na verdade as manchas não são negras. Elas possuem uma coloração avermelhada, parecendo escuras apenas por causa do contraste com as regiões vizinhas.
As manchas solares podem surgir isoladas ou em grupos, quando então o campo magnético associado é bem mais intenso. Os grupos de manchas ressurgem em intervalos de cerca de 11 anos, período conhecido como ciclo solar.
O tamanho das manchas varia bastante, sendo geralmente maiores que o nosso planeta. Elas são medidas em termos de milionésimos da área visível do Sol. Uma mancha é considerada grande quando mede entre 300 e 500 milionésimos do disco solar. A maior já registrada foi em 1947, com 6.132 milionésimos, ou quase 1/7 do disco solar.
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