— Nossa descoberta mostra que a duração do tratamento com o composto causa um enorme crescimento a longo prazo em camundongos cronicamente estressados — diz Million Mulugeta, professor de medicina na divisão de doenças digestivas da David Geffen School of Medicine e autor da pesquisa. — Isto pode abrir novas possibilidades de tratamento de queda de cabelo em humanos através da modulação dos hormônios receptores de estresse, particularmente os relacionados ao estresse crônico e à idade.
Para o experimento, foram usados camundongos geneticamente alterados para produzir mais CRF, os hormônios de estresse. Com o passar do tempo esses roedores perdem pelos e ficam carecas nas costas, visualmente diferentes dos demais. O Salk Institute desenvolveu então o composto químico, um peptídeo chamado astressin-B, com habilidade de bloquear a ação do CRF.
O composto foi injetado nos ratos carecas uma vez por dia durante cinco dias e os colocaram de volta nas gaiolas com outros ratos peludos. Três meses depois os pesquisadores não conseguiram mais distinguir os camundongos injetados dos demais.
Por enquanto, o efeito foi testado apenas nos camundongos, mas os pesquisadores também usaram nos roedores o minoxidil, que é usado em humanos e, como em humanos, teve um crescimento brando como resultado. Isto sugere que o astressin-B pode também ser usado com humanos para modular os receptores de CRF encontrados na pele humana.
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