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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira (26) que o governo pretende continuar pavimentando o caminho para mais reduções da taxa básica de juros do país. Segundo ele, para isso, a política fiscal será mantida neste ano, com reduções de gastos de custeio.Ao mesmo tempo, Mantega afirmou que os investimentos federais também serão preservados, como os voltados para infraestrutura. Ele chamou a atenção ainda para os desembolsos programados pelas estatais, como a Petrobras, com R$ 90 bilhões, e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), com R$ 140 bilhões neste ano, segundo dados do próprio ministro.
"Haverá mais crescimento com menos inflação", prometeu Mantega em entrevista para a imprensa internacional.
Nesta quinta-feira, por meio da publicação da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), o Banco Central deu sinais claros de que busca levar a Selic --hoje em 10,50% ao ano-- para um dígito apenas.
Questionado sobre como o governo poderia atuar para viabilizar essa queda na taxa básica, Mantega disse que o governo precisaria moderar os gastos. Ele ressaltou ainda que a atual situação internacional também ajuda neste sentido.
O ministro disse ainda que a inflação no Brasil está em queda, e caminhando para o centro da meta oficial do governo, que é de 4,5% pelo IPCA. Ele, no entanto, afirmou que não sabe se a inflação fechará este ano exatamente no centro da meta.
Mantega disse ainda que o governo continua trabalhando para cumprir a meta cheia de superávit primário --economia feita pelo setor público para pagamento de juros-- neste ano, que é de cerca de 3% do PIB (Produto Interno Bruto).
O ministro repetiu ainda que o corte no Orçamento que está sendo elaborado pelo governo para este ano está em linha com o necessário para o cumprimento dessa meta.
Sobre a atual valorização do real frente ao dólar, Mantega afirmou que ela se deve "mais à depreciação do dólar no mercado internacional", lembrando que o Federal Reserve (banco central norte-americano) informou na quarta-feira que continuará com uma política monetária mais frouxa por mais tempo, o que ajuda a incentivar os investidores estrangeiros a procurarem outros mercados que ofereçam retornos financeiros melhores, como o Brasil.
Mantega disse ainda acreditar que o IED (Investimento Estrangeiro Direto) deste ano supere o de 2011, que fechou em US$ 66,66 bilhões, apesar de o Banco Central prever que o IED ficará abaixo disso, fechando em US$ 50 bilhões.
Sobre o cenário internacional, Mantega afirmou ainda que está afastada uma situação de rompimento na Europa, mas que os problemas ainda não foram resolvidos e que ainda haverá mais volatilidade.
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