quarta-feira, 28 de março de 2012

Produzir carro no Brasil custa o mesmo que nos EUA



Estudo realizado pela PricewaterhouseCoopers (PwC) aponta que o custo para produzir um carro pequeno no Brasil é igual ao dos Estados Unidos e do Japão, o que acarreta perda de competitividade dos produtos nacionais, levando os fabricantes locais a se voltar exclusivamente para o mercado interno e a descartar o país como plataforma de exportação, informa o jornal O Estado de S.Paulo.

De acordo com os dados da consultoria, o custo de manufatura de um modelo compacto no país gira em torno de US$ 1,4 mil, valor equivalente ao dos EUA e Japão. No México, é de US$ 600, na Tailândia de US$ 500 e na China de US$ 400. O Brasil só é mais barato que a Europa Ocidental, especialmente Alemanha e Reino Unido, onde esse valor sobe para US$ 1,8 mil.

Segundo Dietmar Ostermann, líder global para a área automotiva da PwC, entrevistado por Cleide Silva, o custo de montagem inclui basicamente mão de obra, material indireto, energia e água e tem peso de 20% no processo produtivo total. O peso maior é o de materiais e componentes, que representam 60% do custo total, que têm um peso muito alto no Brasil porque os fornecedores enfrentam o mesmo efeito em cascata de impostos, além de mão de obra e matéria-prima caras. Para o consultor, construir uma fábrica aqui custa mais que nos EUA e na Europa.

De acordo com Ostermann, montadoras americanas associadas a chinesas levam em média 15 horas a 19 horas para produzir um automóvel. No Brasil, são necessárias de 26 a 30 horas, considerando o mesmo nível de automação da fábrica e do produto.

O diretor da PwC afirma que o Brasil atrai montadoras porque é atualmente (de acordo com dados de 2011) o quarto maior em vendas do mundo e tem um mercado interno com grande potencial de crescimento: aqui há uma relação de sete habitantes por veículo, enquanto nos mercados mais desenvolvidos é de um a dois por habitante. “As empresas vêm para o Brasil porque não têm outra opção”, afirma.

Junte R$ 1 milhão com R$ 360 por mês


Juntar R$ 1 milhão. O que para muitos é um sonho distante pode se tornar um plano efetivo para quem tiver disciplina, algum capital para investir e desejo por risco. Com pouco mais de meio salário mínimo por mês, é possível atingir a quantia aplicando o dinheiro em ações de grandes empresas pelo período de 40 anos.

Essa conta é feita considerando que é preciso reajustar os depósitos mensais pela inflação. A cada mês, é deve-se aumentar um pouco o montante a ser investido de acordo com a inflação do mês anterior. Dessa forma, ao final do período, o investidor terá o equivalente ao que hoje representa R$ 1 milhão (atualizado conforme o custo de vida até daqui a 40 anos).

Os cálculos mostram que um jovem de 20 anos pode atingir o valor aos 60 anos aplicando R$ 360 por mês numa carteira de ações.

Mesmo quem não tem coragem de se arriscar no mercado de ações, porém, pode realizar o sonho do milhão. Para isso, claro, será necessário um investimento mais alto. A meta pode ser alcançada aplicando-se, por exemplo, R$ 1.243 por mês em títulos públicos do governo por meio do Tesouro Direto, ou R$ 1.624 por mês na caderneta de poupança.
Quanto mais tarde se fizer planejamento, maior o esforço

Quanto mais tarde se fizer esse planejamento, no entanto, mais o esforço mensal precisará ser aumentado. Quem começar a fazer aplicações na poupança aos 30 anos só conseguirá atingir a meta do milhão aos 60 aplicando uma quantia mensal de R$ 2.309. Para quem começar a pensar no assunto aos 50, será necessário depositar R$ 7.847 na caderneta por mês.

"A marca do R$ 1 milhão é um desafio simbólico porque esta é uma soma que a maior parte das pessoas jamais possuirá como reserva financeira", diz Marcos Silvestre.

Seus cálculos mostram, porém, que se a ideia for fazer uma espécie de aposentadoria, aí a meta deverá ser mais ambiciosa. Se, ao atingir R$ 1 milhão em investimentos aos 60 anos, a pessoa decidir viver somente da renda deixando o valor aplicado no Tesouro Direto, obterá um valor mensal de R$ 2.000.

"É um valor claramente insuficiente para garantir um padrão de classe média confortável na condição de aposentado", diz Silvestre. Segundo seus cálculos, apenas uma reserva financeira líquida entre R$ 2 milhões e R$ 4 milhões poderia garantir uma renda "confortável".
'Liquidez da poupança é risco para aposentado', diz economista

Ainda pensando na aposentadoria, Silvestre considera que é melhor investir em planos de previdência do que em aplicações com grande liquidez, como a poupança (que permite o saque dos valores a qualquer tempo).

"A liquidez que a poupança, o Tesouro Direto e até das ações apresentam é um perigo para o aposentado, que pode passar a ser assediado por filhos, netos e amigos mal intencionados. Melhor que isso talvez seja trocar esta reserva pela garantia do recebimento mensal de um bom plano de previdência. Se for escolhida uma instituição sólida, os riscos serão pequenos perto das potenciais tentativas de 'extorsão' dos 'entes queridos'", afirma ele, que diz que há 20 anos lida com situações do tipo.

Para fazer os cálculos, o economista considerou uma rentabilidade líquida real, descontados impostos, taxas e a inflação, de 0,10% para a caderneta de poupança. Essa rentabilidade é semelhante, segundo ele, àquela obtida em um plano de previdência conservador (cuja carteira contém menos de 10% dos investimentos em ações).

Para aplicações no Tesouro Direto, foi considerada uma rentabilidade líquida real de 0,20% ao mês (também registrada por planos de previdência privada de risco moderado, com algo entre 10% e 20% de ações na carteira) e, para as ações, uma rentabilidade de 0,60% ao mês. Nesse caso, ele considerou uma previsão para ações de empresas de primeira linha, ou de planos de previdência de maior risco (até 49% de ações na carteira).

quarta-feira, 21 de março de 2012

Novo Siena: Grand Siena




O Fiat Grand Siena, que será lançado oficialmente ainda nesta semana, já foi flagrado no pátio da fábrica e em caminhões de transporte. Claro que era uma questão de tempo encontrá-lo nas concessionárias.

A unidade, na versão top Essence 1.6 16V Flex Dualogic. Haverá outras três: a de entrada Attractive 1.4 Flex, a Tetrafuel 1.4 e a Essence 1.6 16V Flex com câmbio manual.

Na própria concessionária, que ainda não tinha o preço oficial – "acima de R$ 40 mil", limitou-se a dizer um vendedor –, foi possível extrair mais informações. Por exemplo: todas as versões vêm muito bem equipadas, com apoio para o pé esquerdo do motorista, computador de bordo A e B (distância, consumo médio, instantâneo, autonomia, velocidade média e tempo de percurso), direção hidráulica e faróis biparábola.

Pelo visto, a Fiat quer mesmo diferenciar o Grand Siena do Siena e mesmo do Palio. O Siena Fire 1.0 deve permanecer e o novo modelo vai muito além de uma carroceria sedã do Palio. Todas as versões trazem airbag duplo e freios com sistema ABS, Logo Push (abertura do porta-malas apertando o logotipo na tampa), para-choques e maçanetas externas na cor da carroceria e vidros elétricos dianteiros com "one touch", entre outros itens.

As dimensões são interessantes em se tratando de um compacto: 4,29 metros de comprimento, 1,70 m de largura, 1,51 m de altura e 2,51 m de entre-eixos. No tanque cabem 48 litros. Mas o grande destaque é o porta-malas que assume a segunda colocação no segmento – com 520 litros, perde apenas para o Chevrolet Cobalt, que tem insanos 563 litros. Na versão Tetrafuel, por conta do cilindro de gás, o porta-malas do Grand Siena cai para 390 litros.

Sua versão Attractive traz motor 1.4 Flex com potência entre 85 cv e 88 cv (torque de 12,4 kgfm a 12,5 kgfm). Com etanol, a aceleração de 0 a 100 km/h ocorre em 12,5 segundos, enquanto a velocidade máxima chega a 175 km/h. Nas versões 1.6 a potência vai de 115 cv com gasolina a 117 cv com etanol. A aceleração de 0 a 100 km/h com etanol acontece em 9,9 segundos e a máxima chega a 194 km/h.


A versão 1.4 Tetrafuel tem 85 cv com gasolina e gasolina pura, 88 cv com etanol e 75 cv com GNV (gás natural veicular). No etanol, acelera de 0 a 100 km/h em 12,9 segundos e chega à máxima de 175 km/h, enquanto no gás a aceleração ocorre em 15,1 segundos e a máxima atinge 168 km/h.


Finalmente Windows Phone no Brasil




A Nokia lançará oficialmente nesta semana, no Brasil, seus primeiros smartphones com o sistema Windows Phone. Para isso, o novo aparelho chegará com a pompa já tradicional dos lançamentos da Apple, com festas nas operadoras e início das vendas à 0h do da quinta-feira (22). Veja fotos dos modelos no álbum abaixo.



Os celulares da linha Lumia (Lumia 710, por R$ 999; o Lumia 800, por R$ 1.699), apresentados ao mercado brasileiro no fim do ano passado, tiveram sua “apresentação final para a imprensa” na noite desta terça (20). Lojas das operadoras Claro, Oi, Tim e Vivo de várias cidades realizarão festas para convidados a partir das 22h da quarta (21) e, à 0h de quinta, terão início as vendas.

"Acreditamos que, com base no burburinho que geramos e no fato de operadoras terem criado cadastros de pessoas interessadas, haverá muita gente na fila para estar entre os primeiros a adquirir um dos modelos", disse a gerente de marketing da Nokia, Flávia Molina.

Segundo ela, a ideia principal é que os lançamentos aumentem o número de brasileiros conectados à internet pelo smartphone.

Windows Phone

Na apresentação do aparelho, em outubro de 2011, a Nokia descreveu o Windows Phone como uma plataforma que leva apenas as informações mais importantes para a tela, dispensando a exibição de diversos aplicativos. Esse conteúdo - notícias, contatos, fotos, músicas e filmes, por exemplo - é todo organizado em blocos.

O dono do aparelho escolhe de forma fácil (clicando em uma tachinha como aquelas usadas um murais de cortiça) se os blocos serão ou não exibidos na tela principal. Também é possível criar subgrupos dentro desses blocos ("amigos da faculdade" dentro de "amigos") ou levar à tela de início uma única informação desagrupada (o site favorito ou contato da pessoa para quem mais telefona).

O bloco "pessoas" reúne todas as formas de contato com um único conhecido. Ao selecionar "Maria", por exemplo, é possível visualizar seu telefone, e-mail, chat do Facebook, mural do Facebook, Twitter e MSN. O contato é feito com um clique: basta selecionar a alternativa.

A mudança de plataforma da Nokia, que até então vinha usando o Symbian em seus aparelhos inteligentes, representa uma tentativa para a empresa deixar de perder participação no mercado de smartphones (para então, possivelmente, voltar a ganhar). Essa redução vem sendo observada claramente nos últimos anos, com a popularização dos aparelhos da Apple e, principalmente, dos celulares inteligentes que rodam o sistema Android, do Google.

O Sono purifica a mente e elimina traumas



O sono mastiga e deglute memórias

É do rabino Menachem Schneerson (1902-1994) a constatação de que, se não fosse o sono, não haveria amanhã e a vida se resumiria a um hoje contínuo. Se a pausa periódica na vivência da realidade externa dá unidade ao passar do tempo, também opera transformações notáveis na realidade interna.

A cada noite o sono mastiga e deglute as memórias novas, esquecendo algumas e transformando outras em memórias maduras, distribuídas pelo cérebro e articuladas a outras memórias mais antigas ainda, rebanhos de pensamentos em constante evolução.

O embate entre esquecimento e incorporação de uma nova memória depende da relação entre sua utilidade e o custo de carregá-la. Memórias derivadas de vivências aversivas são inscritas na circuitaria neuronal mais profundamente do que memórias de baixo teor emocional.

Quando uma memória se refere a uma situação realmente perigosa ou indesejável, pode ser útil carregá-la mesmo à custa de sustos na vigília e pesadelos ocasionais. Mas quando a memória não se refere a nada relevante, melhor mesmo é esquecer. Quantas coisas à primeira vista desagradáveis não se transformam, com o tempo, em palatáveis e até desejáveis?

Um experimento realizado por Matthew Walker e colaboradores da Universidade da Califórnia em Berkeley demonstrou há poucos meses que o sono de movimento rápido dos olhos, durante o qual sonhamos, facilita a atenuação da resposta a estímulos aversivos. Esse papel já havia sido previsto em hipótese, pois o sono frequentemente está alterado nos distúrbios psiquiátricos do humor. O novo estudo utilizou a ressonância magnética functional para medir a atividade da amígdala, uma estrutura cerebral envolvida na valoração de experiências aversivas, durante a apresentação de imagens desagradáveis. Duas sessões de imageamento foram realizadas, antes e depois de um período de sono monitorado eletroencefalograficamente.

Os resultados apontaram uma diminuição das respostas da amígdala após o sono, com uma queda correspondente na reação comportamental às imagens aversivas. Além disso, o sono promoveu um aumento da conectividade functional entre a amígdala e o cortex pré-frontal ventromedial. Outro achado importante do estudo é a correspondência íntima entre tais efeitos e a queda da atividade de alta frequência (>30Hz) no cortex pré-frontal durante o sono de movimento rápido dos olhos. Essa atividade serve como marcador eletrofisiológico de transmissão adrenérgica. Em tese, isso pode contribuir paradiminuir a hiper-reatividade da amígdala a estímulos aversivos, causando uma habituação da resposta comportamental ao estresse.

Os resultados podem ter implicações para o tratamento da síndrome do estresse pós-traumático, em que o sono é invadido por pesadelos recorrentes a respeito de perigos que já não existem na realidade. Se uma das várias funções do sono é apaziguar os fantasmas do passado, talvez o sonho seja mesmo a arena mais adequada para sublimar o trauma.

terça-feira, 20 de março de 2012

Espermatozoides realizam cálculos complexos, dizem cientistas



Pesquisadores descobriram que os espermatozoides são capazes de realizar cálculos complexos. Cientistas do Instituto Max Planck, na Alemanha, determinaram que quando o óvulo libera emissores químicos que modificam a concentração de íons de cálcio no interior dos espermatozoides (o que ativa sua movimentação), eles não reagem ao aumento dos níveis dessa substância, mas às suas variações.

"O que eles medem são as taxas de mudança ao longo do tempo, a rapidez ou a lentidão da alteração da concentração de cálcio que entra nos espermatozoides de seu exterior", disse Luis Álvarez, do Instituto Max Planck.

Assim, "em função do valor da taxa de mudança, alteram a forma como movimentam a cauda e mudam de direção. Em outras palavras, a direção dos espermatozoides é regulada pela velocidade da mudança de cálcio", explicou.

"É cômico pensar que o cálculo diferencial (ramo importante da matemática que se dedica ao estudo de taxas de variação de grandezas e a acumulação de quantidades) não era realizado até o século 18, mas os espermatozoides já faziam isso há mais de 400 milhões de anos", ressaltou.

Álvarez explicou que "os espermatozoides, como muitas outras células, fazem dezenas de cálculos". O fenômeno descoberto pela equipe foi observado por enquanto unicamente nos espermatozoides de várias espécies marítimas.

"É por isso que ainda estamos realizando esforços para conhecer quais espécies se comportam deste modo" e se este fenômeno também ocorre nos seres humanos, explicou o cientista.

Álvarez destacou que "o mecanismo que movimenta a cauda do espermatozoide foi conservado ao longo da evolução e se encontra em diferentes tipos de células do corpo humano".

"Estas células possuem extensões similares à parte final dos espermatozoides chamada cílios móveis, e desenvolvem diferentes funções", acrescentou.

Neste sentido, "é provável que estes cílios possuam estratégias parecidas a do espermatozoide para ajustar seu movimento como resposta a sinais", explicou.

Entre outras funções, eles "limpam nossas vias respiratórias empurrando a sujeira para o exterior, determinam que nosso coração fique do lado esquerdo e não do direito durante o desenvolvimento do embrião e empurram o óvulo das trompas até o útero".

Segundo Álvarez, a pesquisa é um passo importante no "entendimento de como as células processam os sinais que recebem".

Assim, "o cálculo da taxa de mudança é importante porque permite às células identificar e responder unicamente aos sinais que têm uma taxa de mudança adequada. Em termos técnicos, permite filtrar estímulos por frequências", afirmou.

"As repercussões globais deste descobrimento... o tempo dirá", concluiu o pesquisador.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Epa: Que promoção é esta?



Oferta no Supermercado EPA em 24/12/2011:

Multiuso VEJA 500ml custa R$2,65
A promoção diz você leva o VEJA de 600ml pelo mesmo preço do de 500ml R$2,65.

No entanto o preço do VEJA do PAGUE 500 e LEVE 600 é R$2,98 ou seja R$0,33 mais caro. Onde está a promoção? Cadê o espírito de Natal?

Cadê a Educação do Brasileiro?


1 - Quem trafega pela marginal da via expressa já cansou de se deparar com esse tambor na pista de rolamento. Cadê a fiscalização da BHTRANS para orientar o morador a não fazer isto???


2 - Numa rua estreia, ninguem respeita a placa de probido estacionar. Mesmo que seja por um "minutinho". Cadê a fiscalização da BHTRANS para orientar o motorista não fazer isto??? Eu disse orientar e não multar.


3 - Sinal fechado e os dois param alé da faixa de retenção, quase em cima da faixa de pedestre atrapalhando uma possível conversão de uma veículo da esquerda, podendo causar um acidente.



Novo iPad: Melhor Impossível,pelo menos a tela...

A Apple anunciou a nova versão do tablet iPad em evento no Yerba Buena Convention Center na Califórnia. Como novidade, o portátil da marca virá com um processador gráfico quad-core (com quatro núcleos) – duas vezes mais rápido que o anterior --, tela retina de ultradefinição, uma nova câmera traseira de 5 megapixels e suporte a conexões 4G (novo padrão de internet móvel, cuja velocidade miníma é o dobro da máxima alcançada pelo 3G).

Ao contrário das expectativas, o novo dispositivo não foi batizado de "iPad 3" ou "iPad HD"; a Apple durante o evento se referiu ao tablet lançado apenas como "o novo iPad". Além disso, ele ainda será cerca de 50 gramas mais pesado que o iPad 2 e 0,6 milímetros mais grosso.

O tablet começará a ser vendido em 16 de março nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Suíça, Japão, Hong Kong, Cingapura e Austrália. Após isso, o tablet passará a ser vendido em alguns países da Europa e da América Central no dia 23 de março -- ainda não existe previsão para lançamento no Brasil.

O preço, apesar dos novos recursos, permanecerá o mesmo para o modelo 16GB, que será de US$ 499 (apenas Wi-Fi). A versão de 32GB custará US$ 599 e a de 64GB, US$ 699 (também apenas Wi-Fi). Os preços para os modelos que têm conectividade 3G e 4G serão US$ 629 (16GB), US$ 729 (32GB) e US$ 829 (64GB) -- todos os valores divulgados pela empresa são referentes ao mercado americano.

O processador do novo iPad será o A5X, que tem quatro núcleos de processamento gráfico. No entanto, o processador principal continua sendo dual-core (com dois núcleos). O reforço dado pela Apple foi na parte gráfica, provavelmente, em função da tela Retina.

Segundo a Apple, o processador da empresa é melhor que o dos tablets concorrentes. "Em uma comparação com o Tegra 3, da Nvidia (usado na maioria dos tablets concorrentes) o novo processador A5X é duas vezes mais rápido e tem desempenho quatro vezes melhor."

No que diz respeito à câmera, o novo iPad também terá um upgrade. Agora, o tablet contará com uma câmera traseira iSight de 5 megapixels. Ela é bastante semelhante a do iPhone 4S e estará habilitada para fazer gravações em Full HD (1080p).
Tela de "ultradefinição"

O tablet virá com a tela Retina -- recurso já utilizado no iPhone 4 e iPhone 4S. A vantagem é que as telas com retina tem alta densidade de pixels dando maior resolução à tela. A tela será 2048 x 1536, fazendo com que o espaço do display tenha 3,1 milhões de pixels. "É o dispositivo com maior resolução do mercado", disse Phil Schiller, vice-presidente senior de marketing da Apple.

Um dos grandes destaques é a chegada do tablet ao suporte à internet ultraveloz, que usa o padrão LTE (Long Term Evolution) ou rede 4G. Com esse padrão, a velocidade de internet pode ir de 21 Mbps (Megabits por segundo) a 42 Mbps. A velocidade mínima de uma conexão 4G é o dobro de uma conexão 3G, que pode chegar a picos de10 Mbps.
51,1 milhões de unidades.

A Revolta do Chinês contra a Apple


Seguranças tentam impedir que Zou Hongqing, cliente descontente com o atendimento ao consumidor da Apple, jogue seu próprio iMac no chão em protesto contra a empresa em frente à uma loja da marca em Xangai, na China.

Segundo o ''China Daily'', Hongqing é dono de um iMac de 27 polegadas; ele alega que a tela do computador está desfocada depois de ser contaminada por poeira. ''O pó entrou, de alguma forma, dentro da tela. E não tem como tirar de lá porque não posso remover o vidro'', disse ao jornal.

Ao contatar a Apple, Hongqing foi informado que a garantia não cobria danos causados por poeira e que ele deveria arcar com os gastos do conserto do iMac. A empresa teria dito ao cliente que o problema ocorreu devido à poluição na cidade e não a um erro no design da tela

A Gastança do TRT de São Paulo: O povo está ficando revoltado viu


O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 2ª Região, em São Paulo, decidiu alugar um prédio para abrigar 30 novas varas trabalhistas apenas oito anos depois da inauguração do polêmico imóvel do Fórum Rui Barbosa, na Barra Funda.

Com 90 varas, o prédio ficou famoso por causa do escândalo envolvendo o ex-juiz Nicolau dos Santos Neto, conhecido como Lalau --ele foi condenado por irregularidades na obra. Os desvios foram estimados em R$ 169,5 milhões.

Agora, o TRT afirma que precisa ampliar suas instalações por conta do aumento da demanda. No entanto, ao invés de comprar um novo imóvel, o tribunal decidiu alugar um que ainda está em construção.

A notícia foi divulgada nesta quinta-feira (15) pelo jornal "O Estado de S. Paulo".

Pertencente à empresa Vivicon Locações e Participações, o prédio será alugado por R$ 769,9 mil mensais. A previsão é que o imóvel, que fica próximo ao fórum na Barra Funda, seja entregue em junho.

O prédio terá 16,8 mil m² divididos em oito andares, sendo cinco usados para as varas, um para estacionamento e dois para apoio.

O contrato foi feito sem licitação. Segundo o TRT, isso aconteceu porque não havia outras opções. Ele argumenta que a dispensa está prevista na lei.

O TRT afirma que até o final do ano 10% de suas varas deverão ser eletrônicas. "Ainda não se sabe ao certo o espaço físico que uma vara eletrônica irá demandar, por isso a opção de alugar um local e não iniciar uma construção que poderia ser, no futuro, maior do que o necessário", afirma nota da assessoria do tribunal.

De acordo com o TRT, as novas varas, criadas em uma lei sancionada no ano passado, irão reduzir em 30% o volume de ações por juiz.

"Ainda assim, o TRT-2 permanecerá com a mais alta carga por vara do país." O tribunal afirma ter 600 mil processos em tramitação

Veja se você é novo ou das antigas

quinta-feira, 8 de março de 2012

Redução do Sorvete Talento: Safadeza ou Esperteza?


Acho que ninguém nunca reclamou que os picoles da Garoto - Talento, eram grandes. Então porque diabos a Garoto diminuiu a quandidade dos picolés e manteve o mesmo preço???
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quarta-feira, 7 de março de 2012

As elites estão de mãos dadas com a corrupção', diz a ministra Eliana Calmon


Mesmo com horário marcado, a fila no gabinete para falar com Eliana Calmon chega a durar três horas, como na tarde em que ela recebeu a coluna, semana passada, em Brasília. É um entra e sai vertiginoso de gente com denúncias contra magistrados. E as queixas vão muito além da corrupção. Dia desses, chegou pedido vindo de uma pequena cidade do Amazonas. Queriam o afastamento de uma juíza porque ela amava dois coronéis da comarca ao mesmo tempo e o caso assanhava a população...

Na sala de espera de seu QG, no prédio do STF, há leituras variadas: Anuário da Justiça, Vogue e o livro Resp - Receitas Especiais, de autoria da própria ministra. Na capa da obra está colado um aviso: 'não levar'. Se um fã de culinária se interessar, um funcionário do gabinete logo avisa como adquirir um exemplar: 'Aqui mesmo, por R$ 30, com direito a dedicatória'. Aqui, os principais trechos da conversa:

Sua personalidade forte assusta as pessoas?

Assusta. E isso é ruim porque as pessoas não me veem como uma pessoa que tem fragilidades, elas me veem sempre como alguém que pode dar guarida, mas não pode fraquejar.

Tem muitas fragilidades?

Ah, lógico. Todo mundo tem. No final do ano fiquei muito mal quando vi as associações todas reunidas entrarem com uma representação criminal contra mim, duas liminares no Supremo, barrando minha atividade, dizendo que eu era criminosa e que eu estava infringindo a Constituição, estava quebrando sigilo, vazando informações. O dia da votação (que ratificou os poderes de investigação do CNJ) foi igual a final de Copa do Mundo. Todo mundo tenso. Fui tomada por uma enxaqueca tão grande que corri para a casa, tomei remédio e fiquei no quarto escuro, com o olho miudinho.

Anda com segurança?

Não. E eu vou acreditar nessa segurança? Sou mais meu salto de sapato. Gosto de dirigir meu próprio carro. Muitas vezes um juiz quer um segurança para ser diferente. Quer uma mordomia para mostrar aos outros que ele é importante. Quem é autoridade e tem o poder de dar e tirar a liberdade tem que ser simples. Isso tudo termina sendo um pouco de doença profissional, porque quem dá a última palavra sempre fica prepotente. Por isso que digo que nós, da magistratura, tínhamos de investir na formação adequada dos juízes. Precisamos ver essa vaidade como uma doença profissional, onde você tem que se cuidar no dia a dia.

Mas quando você decide ser juiz, você já se dá a autoridade do certo e do errado. Já é complicado a princípio, não?

Então você tem que ter uma boa formação psicológica. Uma pessoa que não é analisada não deveria ser juiz.

Qual é o maior inimigo do Brasil?

A corrupção. As elites estão de mãos dadas com a corrupção, alguns porque realmente fazem parte de uma sociedade corrupta. Outros porque nem têm noção de que estão contribuindo para a corrupção, como o corporativismo.

Conversou com Dilma na época do quase esvaziamento dos poderes do CNJ?

Nunca. Não temos relação nenhuma. Eu a conheço de fotografia, nunca a vi pessoalmente. Ela deu declarações intramuros, nunca a mim.

Sentiu falta de respaldo?

Não. Sou um animal jurídico.

Já disse ser um colibri.

Digo brincando. Não sou um colibri, porque seria uma pessoa delicada. Não passo isso. Sou muito mais uma loba (risos).

Gostaria de ter sido indicada ao STF se sua idade permitisse?

Não, não seria feliz lá. É uma Casa muito política, contida, onde se fala pouco. É uma Casa de muitas vaidades. Não tenho o perfil. Sou como sou.

Falava-se muito que o ACM mandava na Justiça da Bahia. Tem fundamento?

Total. Ele mandava em tudo na Bahia, inclusive nos desembargadores, menos da Justiça Federal. O presidente do Tribunal Eleitoral chegava a dizer: 'O cabeça branca mandou decidir dessa forma'. Isso eu vivi, briguei e fiquei isolada.

Como sobreviveu?

Como tenho sobrevivido até hoje. Sou a marca dos desafios, né? Riam de mim. Mas sempre fui 'brigona'.

De onde vem esse jeito?

Meu pai nunca baixou a cabeça e me criou absolutamente independente. Com 13 anos eu tinha a chave de casa. Com 16, ganhei um carro. Tinha motorista e eu dava umas 'direçõezinhas'.

Como era quando criança?

Estudiosa, recitava poesia. Meu pai era um pequeno empresário, minha mãe, dona de casa, mas de uma família boa. Para ela, eu deveria ser vaidosa, coquete, tinha que namorar mais, me vestir bem. Sou a 'antifilha'. Para fazer festa de 15 anos foi um inferno. Achava uma porcaria. Valsa? Um horror. Eu era bandeirante e, às vésperas da festa, fui acampar. Voltei cheia de picada de mosquito, breada de sol. Foi a festa da minha mãe. Por mim, nem estaria presente.

E o casamento?

Outro inferno para convencer minha mãe, que queria um casamento maravilhoso. Cogitou até aquele cruzamento de espadas. Mas nunca, jamais, em tempo algum iria me submeter a esse ridículo. Casei numa terça, com almoço simples. Tinha 24 anos, já formada. Meu marido era oficial de Marinha. Era intelectual.

Foi uma criança insubordinada?

Meus pais sofreram, eu era ousada, desaforada, voluntariosa, só fazia o que queria. Fui uma adolescente à frente da época. Isso me ajudou, pois não virei uma moça medíocre. Tinha tudo para ser casadoura. Esse meu jeito fez com que eu desabrochasse, enfrentasse uma mãe coquete, uma sociedade restritiva. E fez com que eu repensasse um casamento.

Casada com militar, quem mandava em casa?

Ele. Ah, não há quem consiga mandar mais que um militar (risos). Fiquei casada por 20 anos e tinha uma enxaqueca terrível. Fiz diversos tratamentos. Hoje eu digo que fiquei boa, mas não posso receitar o remédio: quando eu me separei, a enxaqueca foi embora. Impressionante. Depois do marido, só quem conseguiu me deixar com enxaqueca foi o Supremo Tribunal Federal. Mas meu ex foi um grande amigo. Sempre me entendeu, deixou que eu estudasse e trabalhasse. Eu fiquei casada por dez anos sem ter filho. Até que ele disse: 'Você pensa que casamento é bolsa de estudos? Não é, quero meu filho'. Eu não queria, sou da geração de Simone de Beauvoir. Ela dizia que a servidão da mulher é a maternidade e eu acreditava. Hoje tenho uma gratidão a ele, pois me tornei completa.

Foi dura como mãe?

Duríssima. Por exemplo, ele nunca usou grife, só C&A. Eu queria uma atitude classe média. Cresceu gente de bem. Brincávamos muito, ele se sentava junto de mim e enfiava o dedo no meu braço, brincando de dar injeção. Aí eu disse: 'No dia em que você passar no vestibular, vou ficar de calcinha e sutiã para você me dar injeção' (risos). O danado passou em primeiro lugar.

Como é a sogra, Eliana?

Extremamente contida. Porque tenho gênio muito forte e ela também tem - aliás ela foi o maior tributo que meu filho podia pagar a mim. Ele escolheu uma mulher igualzinha.

E como avó?

É uma perdição, aí é outra Eliana. Meu neto tem dois anos e meio. Meu filho comentou: 'Minha mãe, estou preocupado, imagina que ele está se jogando no chão'. Eu disse: 'Tem que pôr limites, façam isso rapidamente. E não esperem minha ajuda, porque estou aqui para fazer todas as vontades dele'(risos). Ele fica: 'Vovó, vovó'. Vai no meu closet, bota todas as minhas pulseiras, os colares. Entra para tomar banho de banheira e eu entro junto, boto sais de banho e ele fica assim (passando sais pelo corpo). Adora. Quando estou cozinhando, ele me ajuda, deixo ele mexer.

A senhora é uma mulher à frente da sua época. Cozinhar já não teve um significado muito ligado à dona de casa?

Pensei nisso. Por que as mulheres resistem tanto? Acho que é até uma forma atávica de querer se libertar. Elas só tinham vez na procriação e na cozinha. Lá eram as donas do pedaço, onde o homem não apitava. Então quem se libertou não quer mais isso. Mas quando a cozinha deixou de ser um subjugo? Quando os homens chegaram neste cômodo. Cozinhar é uma química. Fala-se que, quando um começa a mexer a panela, o outro não pode pôr a mão. Já tive essa experiência, e não pode mesmo. Quando desanda, não há força humana que faça voltar ao ponto.

Em termos de religião...

Agnóstica. Eu acredito na energia, porque acho que isso não é metafísico, é físico e depois acabou. Sem crise existencial. Eu sou uma mulher analisada. Fiz terapia uns cinco anos.

Depois que separou?

Não, foi para separar (risos).

Não casou mais?

Não. Tenho uma amiga desembargadora que me disse: 'Pare com essa cafonice de dizer 'meu ex-marido', pois significa que só teve um. Tem que dizer 'meu primeiro, meu segundo...' Mas não casaria de novo.

Namora?

Pouco. Para uma mulher como eu é difícil. Tenho uma personalidade muito forte, aí os homens que também têm não admiram, e homem fraco também não quero. Outro dia apareceu um advogado bem sucedido e disse ao meu motorista: 'O senhor sabe que vou casar com sua chefe?'. Quando o motorista me contou, perguntei: 'Eu quero saber, sr. Ferreira, o que o senhor acha?'. Ele disse: 'Ele não aguenta, não' (gargalhadas). Eu achei ótimo. Outro dia eu fui a um tarólogo, de tanto meu chefe de gabinete me atentar, chegou a pagar a consulta, disse que era o meu presente de aniversário. Aí, perguntei: 'Senhor Paulo, eu quero ver aí se vou me casar novamente'. Ele botou as cartas e disse: 'Ah, ministra, vai aparecer um homem bem corajoso' (gargalhadas). Eu brinco com o pessoal: 'Cadê o homem corajoso que até agora não apareceu?'.

Fonte: http://estadao.br.msn.com/cultura/muitas-vezes-um-juiz-quer-um-seguran%C3%A7a-para-ser-diferente-diz-eliana-calmon

quinta-feira, 1 de março de 2012

Nem todo mundo vai de Táxi...

Muitos vão de Android, o iOS, o Windows Phone, o Symbian e o BlackBerry OS...


"Esse iPhone tem Android?".

A dúvida parece piada para quem acompanha tecnologia de perto, mas é uma indicação do crescimento da importância do sistema operacional na escolha de um celular e das dúvidas que isso causa no consumidor.

"Para usuários que estão tendo a primeira experiência com um smartphone, o sistema operacional é importante. Mas, na hora da compra, não é o fator que o cliente leva mais em conta", diz Rodrigo Ayres, gerente de produto da área de celulares da LG.

Ayres explica que, antes de chegar à loja para comprar um smartphone, o consumidor brasileiro pesquisa as especificações técnicas do aparelho, o que pode incluir o sistema operacional. Nas lojas, porém, a aparência do telefone vira o fator determinante.

Hoje em dia, entretanto, smartphones na mesma faixa de preço se equivalem no hardware. Câmera, processador e memória têm diferenças mínimas entre uma marca e outra. Às vezes, até os componentes são dos mesmos fornecedores.

O que faz a diferença é o sistema operacional, o programa central que comanda o aparelho, o cérebro do bicho. Se ele for bom, o aparelho será rápido e fácil de usar. Os principais são o Android, o iOS, o Windows Phone, o Symbian e o BlackBerry OS.

Mais importante, a escolha do sistema operacional determina de onde você vai baixar aplicativos. Cada um desses sistemas é ligado a uma loja virtual, cada uma com suas características próprias.

O Android Market, por exemplo, tem um grande número de programas gratuitos, enquanto a App Store, do iOS, oferece catálogo maior em números absolutos. Nem sempre um mesmo app está disponível em todas as lojas.

A FORÇA DO ROBÔ

No terceiro trimestre deste ano, o Android dominou o universo de smartphones. Adotado por vários fabricantes, o sistema operacional criado pelo Google engoliu 52,5% do mercado global, segundo a consultoria Gartner. No mesmo período de 2010, o número era de 25,3%.

Symbian (16,9%), iOS (15%), BlackBerry OS (11%), Bada (2%) e Windows Phone (1,5%) aparecem em seguida.

Embora não revele números, Bruno Freitas, analista da consultoria IDC, diz que os dados nacionais acompanham os globais. "O Android tem mais de 50% do mercado brasileiro de smartphones e o iOS, cerca de 10%."

Segundo a Gartner, entre os fabricantes, o mercado nacional de smartphones ficou dividido entre Nokia (29,4%), Samsung (18,5%), RIM (15,4%), Apple (11,2%), LG (10,1%) e outros (15,4%) -2,3 milhões foram vendidos no terceiro trimestre de 2011.

Raios ascendentes são registrados no Brasil



O Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) capturou pela primeira vez imagens de raios ascendentes no Brasil.

Quatro raios ascendentes que tiveram início a partir de uma das torres situadas sobre o Pico do Jaraguá, na cidade de São Paulo, foram registrados em um intervalo de apenas 20 minutos. Eles foram gravados com uma câmera rápida de velocidade de 4000 quadros por segundo. Estas observações poderão contribuir para aperfeiçoar as normas de proteção contra raios no país.
Este equipamento, que captura até 400 quadros por segundo foi o objeto utilizado para o registro dos raios ascendentes

"Esta é a primeira comprovação de ocorrência de raios deste tipo no Brasil", afirmou Marcelo Saba, pesquisador do ELAT/INPE e responsável pelas observações.

O registro de quatro raios ascendentes foi algo que chamou a atenção dos pesquisadores. Este é um número muito alto ainda mais quando considerado o pequeno intervalo de tempo. Para se ter uma noção comparativa, no Empire State Building, que foi construído com mais de 100 metros na cidade Nova York, ocorrem em média 26 raios ascendentes por ano.

A grande maioria dos raios (99%) é nuvem-solo, ou seja, raios que se originam nas nuvens e chegam ao chão. Apenas 1% dos raios é ascendente - partem de algo na superfície. Esses percentuais apenas se alteram em locais específicos, construções muito altas, onde o número de raios ascendentes pode superar os raios nuvem-solo.

Os raios ascendentes são em geral artificiais, no sentido de responder às alterações ambientais produzidas pela atividade humana. Eles se originam devido a construções elevadas, como torres de telecomunicação, ou pára-raios de edifícios altos.

Os pesquisadores afirmam que estudos poderão estimar qual a freqüência e quais as condições (como a altura das estruturas e os tipos de nuvens e tempestades) para que o fenômeno ocorra. A pesquisa também poderá aprimorar os sistemas de detecção de descargas atmosféricas que monitoram a incidência de raios no Brasil.

Em alguns países, como o Japão, raios ascendentes têm trazido grandes prejuízos quando atingem turbinas de geração eólica, e em um cenário em que este tipo de geração de energia tem grandes chances de expansão e aplicação no Brasil, torna-se relevante intensificar as pesquisas no país que apresenta a maior incidência de raios do mundo.

Poucos países possuem imagens deste fenômeno, entre eles os Estados Unidos, o Canadá, o Japão e a Áustria. Ainda assim, há pouco conhecimento sobre a física e as características dos raios ascendentes, o que torna este registro ainda mais importante para as pesquisas.

Sol: explosões solares dobram de tamanho e podem causar interferência na Terra

Duas manchas solares que praticamente dobraram de tamanho nos últimos dias pode originar uma série de explosões solares em direção à Terra.

O Observatório de Dinâmica Solar, da Nasa (agência espacial dos EUA), registrou a alteração recente na região conhecida como 1416.

Não se sabe qual será o potencial do fenômeno, mas alguns cientistas dizem que as explosões solares poderiam ser de média intensidade e sentidas nas regiões polares, com pequenas interferências nos sistemas de comunicações.

As explosões não colocam em perigo os seres humanos.

Mas afinal, o que são as manchas?


CONHECIDAS DESDE A ANTIGUIDADE, sua origem já foi erroneamente atribuída a nuvens, pequenos planetas perto do Sol e até mesmo montanhas em sua superfície. Hoje sabe-se que estão intimamente relacionadas ao campo magnético do Sol, cuja intensidade média é de 1 Gauss, mas pode atingir milhares de Gauss próximo às manchas.

O Sol não é um corpo rígido. Formado sobretudo por gás hidrogênio na forma de plasma (uma espécie de gás ionizado), o Sol tem uma rotação diferenciada em função da latitude. Uma região equatorial leva cerca de 26 dias para completar uma volta, enquanto próximo aos pólos a rotação pode chegar aos 30 dias.

Provavelmente esta é a principal causa das manchas. A cada rotação as linhas do campo magnético do Sol aproximam-se mais e mais uma das outras, arrastando consigo o plasma. Chega um momento em que as linhas se reconectam, com tremenda liberação de energia. Ocorre então a expulsão de matéria da fotosfera (a camada visível do Sol) na direção das linhas de campo magnético.

Ocorre então a expulsão de matéria da fotosfera (a camada visível do Sol) na direção das linhas de campo magnético. As regiões em que os laços magnéticos saem e retornam à fotosfera possuem polaridades magnéticas opostas e nelas surgem as manchas solares, com temperatura média de 4.300K (contra os usuais 6.000K nas regiões ausentes de manchas).

Na verdade as manchas não são negras. Elas possuem uma coloração avermelhada, parecendo escuras apenas por causa do contraste com as regiões vizinhas.


As manchas solares podem surgir isoladas ou em grupos, quando então o campo magnético associado é bem mais intenso. Os grupos de manchas ressurgem em intervalos de cerca de 11 anos, período conhecido como ciclo solar.

O tamanho das manchas varia bastante, sendo geralmente maiores que o nosso planeta. Elas são medidas em termos de milionésimos da área visível do Sol. Uma mancha é considerada grande quando mede entre 300 e 500 milionésimos do disco solar. A maior já registrada foi em 1947, com 6.132 milionésimos, ou quase 1/7 do disco solar.