quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Governador diz que policiais em greve em Salvador cometem crimes

Se o Salário está baixo (R$3.137,63) larguem as tetas do governo, vão estudar, fazer uma faculdade e trabalhar na iniciativa privada. Vocês são livres para fazerem o que quizerem, mas não greve. Vocês só querem os bônus? E o ônus ficam com a gente?






O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), disse em entrevista coletiva que os policiais militares em greve cometeram crimes que estão acontecendo em Salvador desde que a paralisação começou, na última terça-feira (31).

O petista afirmou que os grevistas estão promovendo "banho de sangue" na cidade para amedrontar a população.
O presidente da Associação de Policiais e Bombeiros da Bahia (Aspra), Marcos Prisco Caldas Machado, vice-presidente da Associação Nacional dos Policiais.

Desde que a paralisação foi decretada, entre terça e hoje, houve pelo menos 59 homicídios em Salvador e região metropolitana --quase o dobro do registrado nos mesmos dias da semana passada. Além disso, houve saques a lojas e supermercados.

"Parte dos crimes pode ser parte da própria operação montada. A tentativa de criar um clima de desespero para fazer a autoridade do governo do Estado sucumbir ao movimento", disse o petista.

"É tentativa de guerra psicológica. Parte disso é cometida por ordem dos criminosos que se autointitulam líderes do movimento", afirmou.

Ao negar que pretenda autorizar a invasão da Assembleia Legislativa, onde os grevistas estão acampados, Jaques Wagner atribuiu as mortes a grevistas.

"[Possibilidade de invasão da Assembleia] é mais uma tentativa de achar adesões e provocar pânico. As pessoas estão falando em banho de sangue. Só se for de lá para cá, aliás, algum banho de sangue já foi promovido por eles na cidade."

O governador subiu o tom e disse que não vai se dobrar ao "crime organizado" e que não vai anistiar policiais envolvidos em atos de vandalismo.

Hoje ele disse que os 12 mandados de prisão concedidos pela Justiça são contra líderes do movimento e contra policiais identificados em atos de vandalismo, como os que furaram pneus de ônibus ou de carros de polícia.

"Não vejo como anistiar ou perdoar quem cometeu crime de vandalismo ou de ameaça de morte. Não tem acordo comigo", declarou Wagner, que completou: "Não é possível que governadores sejam ameaçados por policiais com arma em punho".

MILITARES NA RUA

Na mesma entrevista coletiva, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, disse que o contingente de 3.000 homens das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança mandados para garantir a lei e a ordem na Bahia é o maior já deslocado a um Estado.

"Tenham certeza que a cidade pode ficar na tranquilidade porque teremos Forças Armadas em condições de garantir a segurança de Salvador e de todo o Estado da Bahia", disse.

Brasil Caro: Azaléia/Vulcabrás demite 9 mil funcionários e transfere fábrica para Índia e Guatemala.

Na face das pessoas expressões de incertezas e dúvidas.




A Doublexx, fabricante de calçados com sede em Estância Velha e unidades em Boa Vista do Buricá, Horizontina e Humaitá, no Rio Grande do Sul, encerrou as atividades nesta segunda-feira. Com o fechamento, quase 600 pessoas foram demitidas nas quatro plantas industriais, além de outras 130 que já haviam sido afastadas entre outubro e dezembro do ano passado, disse hoje o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Calçados de Estância Velha, Davi Silveira.

Conforme o sindicalista, a Doublexx desativou as fábricas gaúchas depois de transferir a produção para uma nova unidade, na Guatemala, ao longo do ano passado.

Em entrevista ao jornal "Zero Hora" publicada nesta terça-feira, a advogada da empresa, Adriana Müller, disse que a medida foi tomada devido a "dificuldades financeiras" enfrentadas pela fabricante. Procurada pelo Valor, ela não estava disponível para comentar o assunto.

A migração de bases produtivas da indústria calçadista para a América Central não é novidade, pois a região oferece mão de obra mais barata e de lá as empresas arcam com menos impostos para exportar para Estados Unidos e Europa. Em 2010 a Schmidt Irmãos, de Campo Bom (RS), transferiu a produção anual de cerca de 4,5 milhões de pares para a Nicarágua. No mesmo ano, a Paquetá, de Sapiranga (RS), também abriu uma unidade na República Dominicana, para onde levou boa parte de sua produção anual superior a 10 milhões de pares.

Segundo Silveira, só em Estância Velha a Doublexx produzia cerca de 1 milhão de pares por ano, destinadas ao mercado externo. As dívidas trabalhistas com os funcionários demitidos na cidade ficam entre R$ 850 mil e R$ 900 mil e o sindicato já ingressou com ação na Justiça do Trabalho pedindo arresto de bens da empresa para garantir a quitação dos débitos.
Vulcabras Azaleia demitiu 8,9 mil em 2011

Outra grande fabricante gaúcha de calçados que fechou unidades e dispensou funcionários é a Vulcabras Azaleia. A companhia confirmou hoje a demissão de quase 8,9 mil funcionários durante o ano passado, quando também fechou uma fábrica em Parobé, no Rio Grande do Sul, e outras seis unidades fabris na Bahia. Atualmente, a Vulcabras Azaleia conta com 36,2 mil trabalhadores distribuídos em 18 fábricas no Brasil e uma na Argentina.

Conhecida no mercado como uma grande defensora de medidas antidumping para calçados chineses, a Vulcabras Azaleia fechou uma parceria para produzir seus calçados na Índia. Nos últimos nove meses, a receita líquida da companhia caiu 35%, somando R$ 1,1 bilhão. A companhia fechou os nove primeiros meses de 2011 com prejuízo de R$ 146,8 milhões contra um lucro de R$ 91,5 milhões no mesmo período de 2010.

Brasil está entre os líderes da 'onda social'




Além de indicar que mais de 70% das corporações ao redor do mundo já têm presença nas chamadas mídias sociais, estudo da KPMG Internacional, realizado em dez países, indica que essa tendência é liderada por empresas dos mercados emergentes.


Em geral, entre os representantes de organizações ouvidos na pesquisa, os chineses, indianos e brasileiros mostraram-se de 20% a 30% mais propensos a dizer que suas empresas recorreram às mídias sociais como parte dos negócios do que os britânicos, australianos, alemães ou canadenses.

"Os mercados emergentes parecem estar percebendo mais rapidamente que as redes sociais oferecem uma oportunidade de relativo baixo custo para superar a concorrência em mercados desenvolvidos", avalia Malcolm Alder, sócio da área de Economia Digital da KPMG na Austrália.

Tendo como base uma pesquisa realizada com quase quatro mil pessoas, entre gerentes e profissionais de empresas dos principais mercados ao redor do mundo (Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, China, Estados Unidos, Índia, Japão, Reino Unido e Suécia), a pesquisa também descobriu que as organizações tendem a subestimar os benefícios dos meios de comunicação social.

Por exemplo, apenas 13% daqueles que indicaram não ter nenhuma iniciativa voltada às mídias sociais disseram acreditar que aderir à “onda social” poderia ter influência sobre o perfil público da organização, ou gerar ganhos produtivos. Por outro lado, 80% dos que disseram que suas empresas têm programas ativos para as mídias sociais indicaram terem percebido pessoalmente, ou por levantamentos da própria organização, benefícios apurados em razão da atuação nesses espaços virtuais.

"Com mais de 80% dos entrevistados citando benefícios, parece claro que aproveitar as vantagens das mídias sociais deve ser um imperativo organizacional", acrescenta Sanjaya Krishna, sócio da área de Economia Digital da KPMG nos Estados Unidos.

"Em vez de enxergar nas redes sociais riscos abjetos, os executivos deveriam ser melhor aconselhados a equilibrar o risco de entrar nos meios de comunicação social diante do custo com a perda de oportunidades de não participar. Não se engane, há riscos a serem considerados, e ninguém deve entrar nas mídias sociais sem ter pensado em um modelo de governança associado", completa o executivo.

No levantamento, o Brasil aparece em quarto lugar entre os países que despontam com presença mais intensa de suas empresas nas mídias sociais. Das organizações brasileiras consultadas na pesquisa, 69,1% indicaram já ter iniciativas ligadas a estes novos meios de comunicação, percentual próximo aos 70,4% da média geral. Na liderança da lista está a China, com 82,7%; seguida por EUA (71,5%); e Índia (70,2%). Atrás do Brasil aparecem Canadá (51%); Reino Unido (48,2%); Alemanha (42,7%); Suécia (41,7%); Austrália (41,6%); e Japão (27,5%).

“O fenômeno das mídias sociais é especialmente notável aqui no Brasil, e as empresas perceberam logo a importância de estarem presentes e atentas a esse espaço virtual aberto à interação entre as pessoas. É interessante notar também que o consumidor brasileiro percebeu as mídias sociais como um importante instrumento para divulgar suas insatisfações com as empresas, o que deve ser olhado com muita atenção pelas organizações, pois os riscos de imagem envolvidos são consideráveis”, afirma Tim Norris, diretor da área de Performance & Technology da KPMG no Brasil.

Proibir. Pra quê?

O relatório também apurou que as organizações que restringem o acesso de seus profissionais às redes sociais podem estar investindo em uma “batalha perdida”. Um terço dos funcionários de empresas em que o acesso a redes sociais é bloqueado disse que não apenas estava usando as mídias sociais no escritório como se empenhava em “burlar os sistemas de proteção” de seus equipamentos de trabalho para “saciar suas necessidades nas redes”.

A satisfação no trabalho e o engajamento dos funcionários também são afetados pelo acesso aos meios de comunicação social: 63% dos funcionários de organizações que têm políticas abertas de acesso a mídias sociais disseram que estavam satisfeitos em seu trabalho, contra apenas 41% daqueles que tiveram seu acesso restrito.

“Os executivos podem estar sendo ingênuos ao pensar que proibir o acesso às redes sociais elimina o seu uso pelos empregados", avalia Tudor Aw, diretor de Tecnologia da KPMG na Europa e sócio da firma britânica. "De fato, a pesquisa mostra que, ao restringir ou bloquear o acesso, muitos funcionários tendem a transferir suas atividades em redes sociais para os seus dispositivos pessoais, que muitas vezes são menos seguros e sobre os quais não há qualquer controle."

Diante desse cenário, a maioria das organizações indicou que desenvolve políticas específicas ou apresentou um conjunto informal de expectativas para que seus profissionais se engajem nas mídias sociais. O relatório também mostra que mais da metade das organizações oferece aos seus funcionários formação específica em mídias sociais, e 62% já tinham desenvolvida uma política específica de mídias sociais.

Sobre os controles adotados, enquanto quase 60% dos gerentes disse que suas organizações monitoram o uso que os profissionais fazem das redes sociais, apenas 40% dos funcionários estavam cientes desse cuidado das empresas. "A adoção de políticas claras, práticas e concisas, apoiadas por uma formação adequada, deve ser uma prioridade na agenda dos gestores para dar aos empregados a confiança para que sejam ativos e produtivos nas mídias sociais, ao mesmo tempo em que são reduzidos os riscos por conhecerem os limites dentro dos quais eles devem agir", observou Malcolm Alder.

O estudo da KPMG Going Social: How businesses are making the most of social media (Tornando-se Social: como as empresas estão aproveitando ao máximo as mídias sociais, em português) é baseado em uma pesquisa com 1.850 gerentes e 2.016 funcionários de empresas de dez países (Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, China, Estados Unidos, Índia, Japão, Reino Unido e Suécia). A pesquisa foi aplicada em formato on-line entre os meses de abril e maio de 2011

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É possível comprar imóvel em Miami por 65 mil dólares (R$111.600,00)

Piscina em condomínio em Miami: preço das casas parte de 65 mil dólares

De um lado, o estouro da bolha imobiliária na crise de 2008 provocou uma queda vertiginosa no preço dos imóveis em Miami. De outro, a valorização do real nos últimos anos aumentou o poder de compra dos brasileiros no exterior. Responsável por turbinar o número de estrangeiros com apartamentos de veraneio na ensolarada cidade da Flórida, a combinação também abriu portas para quem busca ganhar dinheiro com a desvalorização imobiliária, comprando casas que custam a partir de 65.000 dólares – aproximadamente 104.000 reais.

A ideia é que o investidor vire proprietário de imóveis já alugados, conseguindo faturar por duas frentes. De imediato, será possível embolsar o valor do aluguel pago pelo inquilino norte-americano, um retorno anual líquido de 7% a 8% sobre o preço do imóvel, superior ao rendimento da poupança no Brasil. No longo prazo, a expectativa é que as casas também se recuperem do desconto sofrido com a crise de 2008, ficando até 45% mais caras.

Presidente do The Solution Group (TSG), incorporadora que atua na compra e venda de casas subavaliadas, Camilo Lopez afirma que cerca de 50 mil famílias em toda a Flórida passaram de donas a inquilinas desde a quebra do Lehman Brothers. Apertada a torneira do crédito, muita gente optou por entregar o imóvel ao banco, já que os preços derreteram, mas os financiamentos permaneceram caros, com as parcelas acordadas no auge da especulação imobiliária.

As famílias passaram a alugar e as incorporadoras entraram em cena, garimpando achados no mercado e suprindo a nova demanda. Nos últimos 16 meses, a TSG adquiriu 628 propriedades, uma compra estimada em 90 milhões de dólares. Além de revender os imóveis aos clientes interessados, a empresa se encarrega da cobrança do aluguel, recolhimento de tributos e até de desalojar o inquilino em caso de necessidade.

“Vendemos imóveis por cerca de 850 dólares o metro quadrado. Se fossem construídas do zero com os mesmos materiais, o gasto seria de 1.650 dólares por metro quadrado”, afirma Lopez. Ele reforça que ao contrário dos imóveis comprados pelos brasileiros para o lazer, essas casas ficam em condomínios fechados em bairros mais afastados, atendendo à classe média baixa de Miami. Engana-se, contudo, quem pensa que os imóveis são de baixo padrão.

“São casas com acesso à infraestrutura do condomínio, com piscina, sala de ginástica, dois a três quartos, mais de 100 metros quadrados, ar condicionado instalado e armários nas cozinhas”, diz Gabriela Haddad, fundadora da Halmoral Group, empresa que assessora a venda das casas da TSG ao público brasileiro.

Construída sobre um terreno de 910 metros quadrados e a 45 minutos do centro de Miami, uma casa vendida por 74.200 dólares (118.000 reais) rende um aluguel bruto de 950 dólares. Descontada a taxa de condomínio, administração e impostos, o ganho é de 462 dólares mensais. No longo prazo, a expectativa é que o novo proprietário também consiga embolsar um bom lucro na revenda. Antes da crise, o mesmo imóvel chegou a ser avaliado em 219.000 dólares (349.000 reais). Para a TSG, o valor justo da casa é de 150.150 dólares.

Brasil

Abaixo da linha do Equador, conseguir um imóvel do mesmo preço e padrão é um desafio e tanto para o brasileiro. Na favela de Heliópolis, na zona sul de São Paulo, as casas mais bem localizadas chegam a custar 200.000 reais.
Brasil

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