domingo, 4 de dezembro de 2011

Chega de Prozac – coma iogurte

.
Nosso intestino tem uma rede de 100 milhões de neurônios. Ao cuidar bem dele, podemos curar males como ansiedade e depressão.

Não é à toa que o intestino vem sendo chamado por médicos e cientistas de nosso segundo cérebro. Em suas paredes, há uma rede de 100 milhões de neurônios e os mesmos neurotransmissores que são encontrados na cabeça, como a serotonina, reguladora do humor. Essa imensa rede nervosa se comunica diretamente com nossa mente. Assim, cuidar bem de nosso intestino poderia ser bom para a cabeça, inclusive para o tratamento de doenças psíquicas. “Uma grande parte de nossas emoções é provavelmente influenciada pelos neurônios em nosso intestino”, afirma Emeran Mayer, professor da escola de Medicina da Universidade da Califórnia.

A grande aposta na área atualmente são os chamados probióticos, micro-organismos que inibem a proliferação de bactérias intestinais nocivas. Eles estão presentes em alguns leites fermentados e iogurtes — em geral, com indicação no rótulo — e também são vendidos como suplementos alimentares em farmácias e lojas. Sua ingestão estimularia no cérebro a produção de neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar. Pesquisas vêm mostrando, ainda em cobaias, que esses bichinhos em nosso aparelho digestivo poderiam ajudar a dar fim a problemas que vão de ansiedade à depressão. Conheça ao lado alguns dos principais estudos de acordo com o sintoma.

ACABA COM OS SINTOMAS

Confira pesquisas científicas que mostram que comer probióticos pode melhorar a mente — além da pele

IRRITABILIDADE > Pesquisadores do Departamento de Psicologia da Universidade da Virgínia, EUA, demonstraram que as bactérias causadoras de infecções gastrointestinais fazem com que o nervo vago (que conecta o intestino ao cérebro) transmita sinais que ativam as regiões cerebrais que processam sensações como medo e ansiedade. Ao inibir a proliferação dessas bactérias, os probióticos ajudariam a regular o humor.

DEPRESSÃO > Ratos tratados com o probiótico Bifidobacterium infantis tiveram os níveis de triptofano, um precursor da serotonina, elevados em duas áreas cerebrais associadas com o humor e as emoções. Os resultados são de um estudo da Universidade College Cork, na Irlanda. A conclusão é de que esse tipo de probiótico pode ter propriedades antidepressivas.

ANSIEDADE > Em um estudo feito por pesquisadores da Universidade de McMaster, no Canadá, cobaias infectadas de propósito com o parasita Trichuris muris desenvolveram, além de inflamação no intestino, sintomas de ansiedade. Ao serem tratadas com o probiótico B. longum, os sintomas foram revertidos.

PROBLEMAS DERMATOLÓGICOS > Lactobacilos vivos melhoraram inflamações de pele e perda de pelo em ratos estressados. O resultado é de um estudo feito no Hospital Universitário Charité, de Berlim, e levaram os pesquisadores a crer que a ingestão do probiótico Lactobacillus reuteri ajudaria a melhorar problemas dermatológicos decorrentes do estresse.

Saída de Fátima Bernardes do 'JN' gera repercussão internacional


A revista norte-americana ‘Forbes’ afirmou que Fátima Bernardes é a jornalista mais amada pelos brasileiros e citou os planos da Globo em torná-la sua estrela principal.

Em um artigo publicado em seu site, a revista norte-americana Forbes insinua que a “próxima Oprah” pode ser brasileira, referindo-se à famosa apresentadora norte-americana Oprah Winfrey (57). Ao lado do texto, há uma foto de Fátima Bernardes (49) que, essa semana, anunciou que deixaria a bancada do Jornal Nacional, após 14 anos de trabalho bem-sucedido, para comandar um programa matinal na Rede Globo.

O artigo, escrito pelo jornalista Anderson Antunes, começa falando do bom momento financeiro do Brasil, apesar da crise mundial, e cita que, apesar disso, a notícia da semana por aqui foi o anúncio da saída de Fátima, que, segundo ele, deve apresentar um talk-show.

“Imediatamente depois do anúncio, Bernardes virou um trending topic no Twitter (...). Apesar de pouco se saber sobre seu novo programa, que deve estrear em abril na Globo, sabe-se que ela vai continuar usando seus talentos jornalísticos, mas de forma mais popular e com cara de showbiz”, escreveu.

O jornalista afirma, ainda, que Fátima tem um grande trunfo a seu favor: é considerada a “jornalista mais amada pelos brasileiros”. “Ela não é somente uma profissional respeitada, mas, também, uma celebridade. Suas constantes mudanças de corte de cabelo é assunto quente entre os telespectadores do JN, a ponto de Bernardes já ter declarado que seu cabelo é um bem de ‘herança nacional’.”

De acordo com o artigo, Fátima tem a popularidade e a admiração necessárias para se tornar a “nova rainha das manhãs”, e a Globo, que está focada em sua internacionalização, tem interesse em transformá-la em sua nova estrela principal.

Fátima Bernardes Deixa o Jornal Nacional


A apresentadora Fátima Bernardes vai deixar a bancada do Jornal Nacional para assumir um novo programa matinal. Em uma coletiva realizada nesta quinta-feira (1º), a Rede Globo anunciou que Patrícia Poeta, que comanda o Fantástico, será a substituta de Bernardes, que era apresentadora do JN desde 1987. "Eu vou continuar com funções jornalísticas. Mas não vou anunciar detalhes desse projeto por uma questão estratégica", afirmou Bernardes.

Na próxima segunda-feira (05), Fátima Bernardes vai chamar Poeta durante a apresentação do Jornal Nacional e será apresentada uma matéria especial com a carreira das duas jornalistas. No Fantástico, Renata Ciribeli vai substituir Patrícia Poeta.

Ode ao Sócrates


Há figuras que parecem destinadas a desferir permanentes socos da cara da hipocrisia, e o Doutor Sócrates, o mais brasileiro dos boleiros, é uma delas. Na segunda metade da década de 70, quando despontou no Botafogo de Ribeirão Preto, Magrão era uma ave rara no mundo das já pasteurizadas entrevistas de jogadores de futebol, amestrados para repetir os mesmos lugares comuns do “respeitamos o adversário” e “esperamos conseguir os três [então dois] pontos”. No Brasil da ditadura, Magrão era uma espécie de anúncio do que podia vir, lufada de ar fresco de uma democracia que, ainda hoje, permanece de realização incompleta.

A Democracia Corintiana talvez tenha sido o mais importante momento político da história do futebol brasileiro. Que me desculpem Olivetto e Travaglini, mas Magrão foi sua cabeça e alma. Sem ele, nada daquilo teria acontecido. Que me perdoem igualmente os são-paulinos, mas aquela vitória do Corinthians por 3 x 1, na final do Campeonato Paulista de 1982, foi um dos maiores atos de justiça dos deuses do futebol. Não porque a equipe alvinegra fosse superior à tricolor. Aliás, era justamente o contrário: o Corinthians tinha um gênio – o próprio Magrão –, um craque (Zenon) e um artilheiro em grande fase (Casagrande). O resto era puro amor à camisa alvinegra: Wladimir, Biro-Biro, Ataliba, o goleiro Solito. No papel, era pouco ante o São Paulo, que tinha certamente a melhor defesa do Brasil: Waldir Perez, Getúlio, Oscar, Dario Pereyra e Marinho Chagas. Do meio pra frente, mais dois craques, Zé Sérgio e Renato, além de Serginho Chulapa, que saiu queimado da Copa de 1982, mas que sempre foi um demônio em Campeonatos Paulistas. Era a Máquina Tricolor, bicampeã estadual de 1980-81, campeã brasileira de 1977, vice-campeã brasileira de 1981.

O jogo foi muito mais difícil que o 3 x 1 te levaria a crer. O primeiro tempo, violentíssimo, terminou em 0 x 0, o terceiro gol corintiano só saiu no finalzinho e o São Paulo teve um gol anulado quando a partida estava 1 x 1. O primeiro gol do Corinthians é uma espécie de alegoria da Democracia Corintiana. Aos trancos e barrancos, capotando, tropeçando, na base do puro amor, Biro-Biro sai na cara do gol e dribla Waldir Perez. Mas é o começo da jogada que importa aqui: Biro-Biro entrega a bola, na entrada da área, para um Sócrates acossado por dois dos maiores marcadores do Brasil, Oscar e Dario Pereyra. De costas para o gol, no meio de um tráfego absurdo, não havia o que fazer com a bola ali, a não ser a jogada que imortalizou Magrão: uma única cutucada de calcanhar e toda a defesa do São Paulo fica paralisada. Biro sozinho na cara do gol.

Corinthians Campeão Brasileiro de 2011

Havelange: A casa caiu


O ex-presidente da Fifa João Havelange, 95, renunciou ao Comitê Olímpico Internacional (COI) dias antes de a entidade anunciar decisão sobre casos de corrupção ocorridos dos últimos anos e que envolvia o nome do brasileiro, segundo revelou a agência de notícias "Associated Press".

Ex-sogro do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, Havelange era membro da entidade olímpica há 48 anos e era um dos homens mais influentes do esporte mundial. O brasileiro apresentou sua carta de renúncia na última quinta-feira.

A ação acontece poucos dias antes de o comitê de ética do COI recomendar sanções pesadas contra Havelange no caso envolvendo a agência ISL, que trabalhava com o marketing da Fifa.

Havelange, membro do COI desde 1963, está sob investigação por supostamente receber um pagamento de US$ 1 milhão (cerca de R$ 1,7 milhão) da ISL. Dois outros integrantes do COI, Lamine Diack e Issa Hayatou, também estão sob investigação, mas devem sofrer sanções menores.

A suspensão de dois anos ou até mesmo a possível expulsão era esperada na reunião da próxima quinta-feira no conselho executivo do COI, em Lausanne, na Suíça.

Com sua renúncia, o caso de ética contra ele deverá ser arquivado.