domingo, 31 de julho de 2011

Empresa de Saneamento de Florianópolis usa 5 vezes mais alumínio na água que o permitido pela ANVISA

Ministério Público investiga excesso de alumínio na água consumida em Florianópolis. Demorou 4 anos para agir.

Parte da água consumida na área central de Florianópolis está contaminada por até cinco vezes a quantidade de alumínio permitida no produto pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A constatação foi feita após a realização de exames encomendados pelo síndico de um condomínio, cuja tubulação apresentou corrosão.

Em um dos exames realizados por um laboratório privado nesta semana, o índice de alumínio na água constatado foi de 0,5%, quando o permitido pela legislação é de 0,2%. Antes, em julho de 2007, outro laudo de análise revelou a presença de 1% de alumínio no produto fornecido - ou seja, cinco vezes o padrão estabelecido pela Anvisa.

"Se prejudica o cano, imagine o ser humano", afirma o síndico Paulo Machado, que pediu os exames depois de receber uma carta da construtora do condomínio, sobre a corrosão da tubulação de cobre. Como a coleta foi feita na água antes de ela chegar ao condomínio, a suspeita é que a contaminação atinja parte da área central da cidade. O caso é apurado pelo Ministério Público. A própria companhia que fornece o produto fará testes em toda a Grande Florianópolis.

O alumínio é uma substância presente naturalmente na água, variando seu teor de acordo com o local onde ela é coletada. O produto pode ser contaminado tanto por falhas no tratamento quanto na emissão entre a estação e os consumidores.

Segundo a Anvisa, no anexo da portaria número 518, de 25 de março de 2004, o padrão de aceitação para consumo humano é 0,2% por que, excedida essa porcentagem, a ingestão pode causar riscos à saúde. O alumínio é um composto neurotóxico que, em longo prazo, pode causar encefalopatia grave em pacientes que sofrem diálise renal, podendo levar a distúrbios neurológicos. Os riscos podem estar relacionados ao aumento dos casos de mal de Alzheimer, à formação de compostos químicos cancerígenos e à metemoglobinemia - doença que faz com que o ferro não transporte oxigênio ao sangue. A presença de metemoglobina no sangue pode provocar tontura, fadiga, taquicardia, náusea, vômito, sonolência, coma e, raramente, levar à morte.

Antes de efetuar a denúncia, o síndico procurou a Companhia de Águas e Saneamento de Santa Catarina (Casan) para pedir esclarecimentos. A empresa estatal encaminhou resposta alegando que a água fornecida estava dentro do padrão estabelecido pela Anvisa, o que foi contestado com base nos exames encomendados pelo condomínio, anexados à denúncia ao Ministério Público Federal, em setembro de 2007.

Por questão de competência, o MPF repassou o caso ao Ministério Público de Santa Catarina, que instaurou um inquérito civil e solicitou à Vigilância Sanitária de Florianópolis a realização de exames na água fornecida. Em razão da falta de fiscais em âmbito municipal, o trabalho foi transferido para a Vigilância Sanitária Estadual, que ainda não se manifestou junto ao MPSC.

O problema é que o único laboratório público que poderia realizar as análises para a Vigilância está em reformas. Assim, os exames foram feitos pela própria Casan e levados ao órgão de fiscalização. "A Casan nos informou que foi feita a troca do sal de alumínio utilizado no tratamento da água. No dia que isso aconteceu, o teor ficou elevado de fato.

Mas a Casan vinha monitoramento mais freqüentemente e nos passando os laudos, dizendo que estavam normalizados os teores de alumínio", alega a diretora da Vigilância Estadual, Raquel Bittencourt.

O promotor Fábio Trajano, que instaurou o inquérito, afirma que a estatal fez o monitoramento e apresentou laudos mostrando que a situação estava regularizada. "Depois, recebemos novo exame feito a pedido do condomínio, dizendo que o alumínio ainda está acima do limite", diz.

O diretor da região metropolitana da Casan, Juscinir Gualberto Soares, afirma que novos testes estão sendo feitos em diversos pontos da Grande Florianópolis. Os resultados devem ficar prontos na próxima semana. "Em 2007 e agora, foram problemas pontuais. Não contestamos os laudos particulares, mas as análises que a Casan faz não detectam esses índices de alumínio", defende.

Sigam-me os bons!


'Chaves' chega a 1 milhão de seguidores no Twitter em 2 meses

Comediante Roberto Bolãnos abriu conta no microblog há dois meses. Ele reclama de andador, bengala, mas diz que o importante é estar vivo.

O comediante mexicano Roberto Bolaños, que interpreta o personagem "Chaves", chegou à marca de 1 milhão de seguidores no microblog Twitter apenas dois meses depois de abrir sua conta na rede social. O comediante de 82 anos, também criador do "Chapolin", enviou até o momento 534 mensagens.

Em sua conta, Bolanõs segue apenas 39 pessoas, a maioria familiares e pessoas muito próximas de sua família, mas nesta sexta-feira (29) ele respondeu mensagens enviadas por seus fãs no México, América Central, América do Sul e Europa.

Na noite desta sexta, o comediante realizou seu primeiro contato através de um vídeo virtual pelo servidor Twitcam, onde mais de 40 mil fãs tentaram contatá-lo, pelo que o ator se desculpou e pediu 'paciência' ao não poder responder a todos.

Minutos mais tarde, Bolaños concedeu uma entrevista a uma jornalista mexicana, e depois escreveu em sua conta que este fato foi um grande acontecimento.

Durante a entrevista, o comediante se mostrou entusiasmado com sua nova etapa como usuário de Twitter, por onde recebe "mensagens muito doces, adoráveis em sua maioria". Também disse estar com "muito animado", embora a saúde "não vá muito bem", porque sente muita fadiga ao subir ou descer escadas em sua casa, pois tem de andar em cadeira de rodas, andador ou bengala. Mas no fim esclareceu que o importante é que segue vivo.

A primeira mensagem escrita por Bolaños foi: '"lá. Sou 'Chespirito'". Tenho 82 anos, e esta é a primeira vez que envio um tweet. Estou estreando. Sigam-me os bons!", finalizando com o famoso bordão do Chapolin.

sábado, 30 de julho de 2011

País sério é outra coisa




Nos Estados Unidos mesmo custando R$1,56 o litro da gasolina, o presedente Obama fixa meta de 23 km por litro para os EUA.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, revelou nesta sexta-feira o ambicioso plano do governo para elevar a média de consumo de combustível por fabricante para 23,08 quilômetros por litro até 2025. A decisão deverá alterar as linhas de produtos de todas as indústrias automotivas e os hábitos de compra dos consumidores americanos.

Diferentemente do que ocorreu quando foram aprovadas as atuais normas de consumo, em 1975, as grandes fabricantes americanas desta vez estão apoiando o objetivo, mesmo considerando-o elevado, e já começaram a trabalhar em seus produtos para adaptá-los aos futuros padrões.

A motivação principal do governo não é com o ambiente, mas econômica. Segundo Obama, este é o passo mais importante já tomado pelos EUA para reduzir sua dependência do petróleo estrangeiro.

As medidas de economia são apoiadas pelos fabricantes e sindicalistas, apesar de haver preocupação com os custos envolvidos nas mudanças necessárias para o futuro. Mas o apoio geral é incentivado pela elevação dos preços dos combustíveis: a gasolina está custando nos EUA, em média, R$ 1,56 por litro, contra R$ 1,13 há um ano.

Pesquisas realizadas no país mostram que as medidas têm também grande apoio popular: 82 por cento da população concordam com o objetivo fixado nas novas normas. Os americanos dependem largamente do transporte individual e, segundo Obama, os novos níveis de consumo economizariam hoje, em média, US$ 8 mil (R$ 12.800,00) anuais por família.

Muitos analistas consideram que o apoio inconteste das fábricas de automóveis se deve menos à convicção e mais à necessidade de não se posicionarem como contrárias ao interesse da sociedade.

Brasil exporta corrupção para a America Latina


Construtora brasileira Odebrecht faz "Doação" de versão peruana do Cristo

De braços abertos às margens do Pacífico, a estátua do Cristo construída com generosa doação da construtora brasileira Odebrecht pode ser vista de vários pontos de Lima, a capital peruana.

Iluminada, medindo 37 m de altura (a do Rio tem 38 m), a estátua foi ideia do ex-presidente Alan García, que deixou o cargo anteontem.

Foi, segundo ele, um presente de despedida à capital. E causou controvérsia desde sua instalação, em junho.

A instalação de um símbolo associado ao Brasil em Lima foi vista como uma metáfora demasiadamente literal da crescente influência do Brasil na política e na economia peruanas por comentaristas políticos e personalidades da cultura.

A obra foi feita por um artista baiano e paga com doações do próprio García (R$ 56 mil), da Odebrecht (R$ 1,3 milhão) e de outras empresas brasileiras no Peru -todas com capacidade legal de fazer doações a campanhas políticas peruanas.

"Se é um presente do Brasil ao presidente, melhor colocá-lo na Interoceânica sul", disse Susana Villarán, prefeita esquerdista de Lima, citando a estrada em parte construída pela Odebrecht, que atravessa o Brasil e o Peru.

O embaixador brasileiro em Lima até meados de julho, Jorge Taunay, disse que Villarán foi "descortês".

O nome oficial do monumento é "Cristo do Pacífico", mas a imagem foi ironicamente apelidada de "Cristo do Roubo" -crítica aos escândalos de corrupção do governo García.

Contudo, a obra tem atraído visitantes e foi recebida com entusiasmo pela Igreja Católica. Na missa em homenagem à festa pátria peruana, anteontem, o arcebispo de Lima, Juan Luis Cipriani, incluiu a imagem nos pedidos solenes pelo futuro do país: "Senhor do Milares, Cristo do Pacífico, bendita Virgem Maria, proteja-nos e siga fazendo de nosso país uma pátria grande".

Polêmicas à parte, a presença brasileira parece ter uma percepção positiva. Pesquisa de julho da Ipsos Apoyo perguntou: que viagem do novo presidente Ollanta Humala mais pode trazer benefícios para o Peru?

O Brasil aparece em segundo, com 21% das respostas. Em primeiro, os EUA (39%).

Situação distinta é a do Chile, que tem forte investimento no Peru, mas um histórico de guerra e desconfiança: só 6% citaram esse país.

Uma esculhambação chamada Brasil

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O Errado sempre será errado. Mas no Brasil, o errado é o certo. Infelizmente essa é a triste realidade de um dos maiores países do planeta terra.

O Roubo aqui é permitido e não tem punição se você for importante, influente e tiver poder. Na maioria das vezes apenas uma nota na imprensa e pára por ai.

O Quinto maior país do planeta se orgulha de ser o primeiro em muitas coisas: Poucas coisas boas para poucos ricos e poderosos e o primeiro em muitas coisas ruins para os outros 95% da população.

A reportagem a seguir é de no mínimo indignar qualquer ser vivo pensante e com senso de justiça e retidão, mas aqui no Brasil vai ser apenas mais uma nota na imprensa.

Onde estão os promotores públicos que não cuidam desse caso? Ficam correndo atrás da menina Maísa, a apresentadora mirim do SBT que tem pai e mãe e está trabalhando, ou então atrás de algum fato para aparecer na imprensa.


Comunidade pobre de SP se revolta com contas de luz e dá calote coletivo na Eletropaulo


“O rapaz da Eletropaulo veio ontem aqui cortar a minha luz, mas eu peguei a vassoura e o coloquei para correr. Daí ele escreveu no papel que o morador estava ausente e foi embora.” Esta fala de uma moradora da comunidade Promorar Jardim Julieta, na zona norte de São Paulo, serve para resumir a revolta da população local com a AES Eletropaulo, concessionária privada que distribui a energia elétrica na Grande São Paulo.

A maior parte das famílias reclama do valor das contas de luz, que, segundo elas, não condiz com o consumo nas casas pequenas e simples do bairro. O mesmo ocorre na vizinha favela do Violão, ainda mais pobre do que o Jardim Julieta. Nos dois locais, o problema parece ser generalizado. A conta de luz e as pelejas com a Eletropaulo são os assuntos mais comentados nas ruas e vielas estreitas das comunidades.

A cobrança abusiva teria começado em 2008, quando a AES Eletropaulo realizou a troca dos relógios de medição nas casas da região. Com os equipamentos novos, os moradores dizem que as tarifas saltaram de R$ 15 ou R$ 20 mensais para R$ 100, R$ 150 e R$ 200, em média.

Diante do problema, os moradores decidiram, ainda em 2008, tomar uma decisão: ninguém mais iria pagar a conta de luz até que a cobrança fosse normalizada. O calote coletivo ajudou a mobilizar as comunidades e a chamar a atenção para o problema, mas hoje, quase três anos depois, virou mais uma dor de cabeça para as famílias, que contraíram dívidas de até R$ 6.000 com a concessionária.
Moradores em desespero

Em maio deste ano, agentes da AES Eletropaulo passaram de casa em casa para calcular o valor da dívida acumulada no período. Na maioria dos casos, a concessionária amortizou parte do débito e dividiu o valor de 12 a 24 parcelas. A cobrança de valores considerados altos pelos moradores nas contas de luz, entretanto, não foi resolvida. Além das contas altas, as famílias agora precisam também pagar as parcelas das dívidas do passado, sob pena de terem a energia cortada e os nomes enviados para o Serasa.

É o caso de Vânia Conceição de Souza, que está desempregada e mora com o pai doente e a filha numa casa de três cômodos no Jardim Julieta. A família contraiu uma dívida de R$ 2.850 com a AES Eletropaulo, a ser paga em 24 parcelas de R$ 118,75. O que mais a assusta é a conta de luz de junho: R$ 550,20, valor superior à renda mensal da família, de um salário mínimo, que o pai de Vânia recebe de aposentadoria.

O relógio medidor da casa de Vânia registrou em junho o consumo de 1.465 kWh, o que representa sete vezes o consumo médio residencial no Estado de São Paulo (203 kWh) e quase dez vezes a média nacional (155 kWh). Vânia afirma que nos meses anteriores a conta foi menor, entre R$ 200 e R$ 300, mas ainda foi muito acima do que é gasto na casa, que tem duas televisões, geladeira, computador e um chuveiro. “Não sei mais o que fazer”, disse.

A também desempregada Graziele dos Santos, 28, tem uma dívida de R$ 2.832 com a AES Eletropaulo, parcelada em 15 vezes. Em média, a conta de luz na casa, que tem três cômodos, geladeira, microondas e duas televisões, varia de R$ 150 a R$ 200. Vivem na residência seis pessoas. Em março deste ano, o consumo da família foi de 539 kWh, três vezes a média do Estado.

Atualmente, a família está sem fontes de renda. Maria dos Santos, 54, mãe de Graziele, trabalhava como diarista, mas sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) em maio deste ano. Na mesma época, a irmã de Graziele foi despedida após ter faltado ao emprego para ajudar a mãe. Na casa, moram ainda duas crianças e outro irmão de Graziele, que sofre de depressão. “A gente já desligou um chuveiro, mas a conta não baixou”, afirmou.
Até morto se endivida

Laodicéia da Silva Rocha, 58, e Pedro Rocha Neto, 59, vizinhos de Graziele, pagam duas contas de luz por mês e tem duas dívidas com a AES Eletropaulo. O casal herdou os débitos da filha, que morava em uma casa acima da deles e morreu em dezembro, vitima de câncer no útero. Somadas as dívidas do casal (R$ 4.863, dividida em 24 parcelas), da filha (R$ 2.148), mais as contas mensais (em média, R$ 150 para o casal e R$ 60 para a filha, respectivamente), a família paga mais de R$ 500 por mês à concessionária.

“Só estamos pagando a conta de luz, e olhe lá”, afirma Laodicéia. O casal sustenta uma filha, dois netos e um bisneto com o que arrecadam com um pequeno comércio de doces e lanches, na parte inferior do imóvel. “Aqui não tem movimento, só no fim de semana”, diz Pedro.

Segundo Fátima Lemos, assistente técnica da diretoria do Procon-SP, a transferência de débitos de uma pessoa que morreu para outra é uma prática ilegal. “O débito é pessoal. Quem tem que pagar a conta é quem utilizou o serviço. Transferir uma titularidade para outra é irregular”, afirma.


Moradora favela do Violão, Rosana Amaro Gambeta, 44, costuma pagar contas entre R$ 120 e R$ 160. A de julho foi de R$ 134,42, correspondente a um consumo de 399 kWh, quase o dobro da média residencial do Estado. O valor só não é maior porque Rosana é beneficiária do Bolsa Família e, por esta razão, paga a tarifa social, modalidade que prevê descontos aos consumidores.

Ainda assim, a moradora afirma que a conta não é proporcional ao que a família, de seis pessoas, gasta no imóvel de três cômodos. “Tem gente que mora em casa boa lá na Vila Sabrina (bairro vizinho, de classe média) e paga muito menos”, reclama Rosana, que tem uma dívida de R$ 1.833 com a AES Eletropaulo.

Vizinha de Rosana, Maria Aparecida Sobral não é beneficiada pela tarifa social, apesar de se enquadrar nos critérios necessários --renda per capita mensal inferior a meio salário mínimo. Com consumo médio de 319 kWh, a família de Sobral --ela, o marido e três filhos pequenos-- paga cerca R$ 140 por mês, além das parcelas da dívida de R$ 1.918 que contraiu. “Estou desesperada.”

A líder comunitária Neide de Oliveira Ramos, 47, afirma que o problema atinge cerca de 4.500 casas, em 20 quarteirões da região. Segundo ela, os moradores fizeram uma audiência com a AES Eletropaulo e o Procon no início de 2009, mas o problema não foi resolvido. “A gente quer pagar a conta, mas o valor tem que ser justo”, diz.

O que diz o Procon

Segundo Fátima Lemos, do Procon-SP, em 2009 a AES Eletropaulo apresentou um relatório no qual informou que regularizou a situação das famílias no Jardim Julieta e na favela do Violão. “Desde então não recebemos mais reclamações de lá”, afirmou. Lemos disse que a cobrança abusiva nas contas é “um problema sério” e que o Procon vem recebendo muitas reclamações de consumidores em São Paulo.

“A AES Eletropaulo tem um programa de regularização da rede elétrica. Há muitas reclamações de consumidores de que quando há essa regularização, imediatamente depois as contas vêm muito elevadas”, disse. Lemos orienta os consumidores a procurar as agências reguladoras do setor, a Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo) e Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Sobre os casos do Jardim Julieta e da favela do Violão, Lemos afirma que os valores das contas são, no mínimo, estranhos. “Não dá para imaginar que uma pessoa simples pague contas como essas. A conta tem que ser proporcional, equivalente às condições dos moradores.”

A funcionária do Procon-SP defende que haja a regulamentação do setor e uma política de atendimento ao consumidor. “É preciso uma política de atendimento diferenciada, com acompanhamento dos problemas dos moradores, reformas da fiação, orientação de como economizar, entre outras medidas. Mas não há regulamentação para isso. As empresas têm muita liberdade.”

Outro lado


Procurada pela reportagem, a AES Eletropaulo afirmou que recentemente realizou um trabalho de auditoria na favela do Violão e “foi constatado que os valores registrados estavam corretos”. Segundo a concessionária, o valor das contas é decorrente do consumo elevado nas casas da comunidade.

A AES Eletropaulo disse que “o nível de consumo não pode ser avaliado diretamente nem pelo tamanho da casa e nem pelo número de pessoas que habita, pois depende muito do hábito de consumo e condições das instalações elétricas internas às residências, além do estado dos eletrodomésticos.”

De acordo com a concessionária, “todas as reclamações dos consumidores geram inspeção de campo e correção de eventuais problemas, porém, nem sempre o morador entende que o valor da conta está certo”. Por fim, a AES afirma que tem desenvolvido em comunidades de baixa renda ações para minimizar o impacto no orçamento das famílias. “Mais de 1.100 favelas tiveram suas ligações regularizadas desde 2004”, diz.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Itaú-Unibanco: Pior Banco Brasileiro em 2010



Para o Itaú Unibanco, os números do cadastro referentes a setembro de 2009 a agosto de 2010 mostram melhora em alguns indicadores e justificam o esforço que a instituição vem fazendo para melhorar o atendimento e solucionar os problemas de seus clientes.

O banco destaca que o relatório indica duas melhoras. “A primeira é a queda de 22% no comparativo entre 2009 (21%) e 2010 (16%) da participação do Itaú nas reclamações de Assuntos Financeiros. A segunda é uma evolução de reclamações menor do que a do segmento financeiro, que teve um crescimento de 45% no volume total das queixas, ante expansão de 12% do Itaú Unibanco.”

Para a Oi, “os rankings não consideram a proporção da quantidade de atendimentos com relação à base de clientes, o que gera análise distorcida, já que o número de clientes do setor de telecomunicações é muito superior aos demais setores e segmentos de mercado”. A empresa diz, ainda, que falta uniformidade nos critérios de consolidação dos dados.

“A Oi mantém equipes técnicas trabalhando em projetos de melhoria de qualidade, o que se reflete na redução de mais de 25% dos atendimentos nos Procons (comparando o primeiro semestre de 2011 com o mesmo período de 2010), segundo dados do Sindec. A Oi assumiu compromisso com o DPDC de interação colaborativa e tem feito todos os esforços para assegurar a melhoria no atendimento e nos serviços.”

Procurado, o Bradesco disse que "reduzir os índices de reclamação é objetivo permanente" da instituição. Segundo o banco, todos os apontamentos feitos são acompanhados de perto pela ouvidoria, que sempre esclarece a manifestação ao cliente ou usuário.

A Samsung destacou que “está comprometida em atender integralmente ao Código de Defesa do Consumidor”. A empresa garante que todas as reclamações recebidas são atendidas por uma equipe de especialistas que procuram dar a melhor solução ao do cliente, no menor prazo possível. “É de interesse da Samsung sanar qualquer eventual problema que aconteça com seus equipamentos, atendendo sempre aos interesses do cliente.”

A empresa destaca, ainda, que está inaugurando em várias cidades centros de serviço com o intuito de oferecer suporte e reparo para seus produtos.

Segundo a TIM, a maior parte de suas demandas no ranking do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec) são queixas relacionadas a cobranças impactadas, principalmente, pelo aumento do acesso à internet no celular, por conta do aquecimento das vendas de smartphones. “A empresa prontamente identificou a complexidade da tarifação de dados e os problemas de entendimento dos usuários e alterou seu portfólio de plano de dados (...).”

“Os indicadores que medem as reclamações já começaram a responder a essa mudança. No segundo trimestre de 2011, a empresa reduziu em cerca de 3% o volume de reclamações recebidas em relação ao primeiro trimestre do ano (...), mesmo diante de um crescimento de 4% da sua base de usuários no período.”

A Vivo destaca que “mantém esforços contínuos para assegurar a melhor qualidade de conexão e de atendimento aos clientes”. “Os resultados do trabalho podem ser mensurados pelo desempenho obtido no Índice de Desempenho de Atendimento (IDA), divulgado mensalmente pela Anatel. O último IDA disponível, referente a maio, aponta a Vivo com índice 99,3 -- melhor desempenho entre as grandes operadoras de telefona móvel em atividade no Brasil.”

Para a empresa, este patamar alcançado reflete “os intensivos investimentos voltados à melhoria de processos, da infraestrutura e da capacitação de seus colaboradores”.

A Máquina de Vendas, controladora da Ricardo Eletro, informou que "investe continuamente no aperfeiçoamento dos seus processos internos e na capacitação de seus colaboradores no atendimento aos pedidos dos seus clientes".

domingo, 17 de julho de 2011

Chefe da polícia de Londres renuncia por vínculo com Murdoch

Aqui no Brasil, as Autoridades confessam os erros, os crimes, são exibidas gravações deles com a mão na butija e não acontece NADA. Lá fora os caras renunciam, pedem pra sair. Eles têm honra, tem vergonha. Nós Não.

Quando esse país vair tomar jeito de Nação? Quando os políticos, policiais, servidores públicos pagos com o nosso dinheiro vão tomar vergonha na cara e serem corretos?


O chefe da Polícia Metropolitana de Londres, Paul Stephenson, renunciou neste domingo, após denúncias de que tinha ligação direta com um ex-editor do tabloide "News of the World", do magnata da mídia Rupert Murdoch, suspeito de ter pago propina a policiais em troca de informação.

O comissário-chefe foi duramente criticado nos últimos dias por sua ligação com o ex-editor do "News of the World" Neil Wallis, preso nesta semana em meio às investigações do escândalo.

Stephenson teria contratado Wallis como consultor de relações públicas da polícia por um ano, até setembro de 2010. Wallis trabalhou como editor adjunto do tabloide em 2003 junto com o ex-diretor Andy Coulson antes de ser nomeado diretor executivo em 2007.

Em uma declaração pública, Stephenson defendeu suas ações e diz que seus encontros com Wallis, a quem conheceu em 2006, são de registro público. Disse ainda que a relação foi mantida apenas "por propósitos profissionais".

Ele nega ainda que tenha exercido qualquer papel na contratação de Wallis pela polícia londrina.

"Eu ouvi críticas de que nós deveríamos ter suspeitado do suposto envolvimento de Wallis nas escutas telefônicas. Deixe-me dizer inequivocamente que eu não tinha razão alguma para fazê-lo. Eu não ocupava uma posição no mundo do jornalismo. Eu não sabia da extensão desta prática desgraçada e da repugnante natureza da seleção de vítimas que está emergindo agora e nem de seu aparente alcance a níveis altos".

Ele defendeu seu comportamento no cargo e explicou que sua renúncia visa a evitar prejuízos para a ampla investigação policial sobre os grampos e escutas ilegais feitos pelo tabloide britânico, além das denúncias de suborno.

"Eu tomei esta decisão como consequência da especulação e das acusações em andamento em relação com as ligações da Met (Polícia Metropolitana) com a News International em um nível graduado, e em particular em relação com Neil Wallis", disse Stephenson.

"Não é hora de especulação. Mesmo uma pequena especulação sobre meu envolvimento é prejudicial [à investigação]", disse Stephenson, acrescentando que recebeu apoio do governo e que sentirá falta de "muitas coisas".

Neste domingo, alguns meios britânicos publicaram que Stephenson passou cinco semanas em um balneário de luxo e a conta teria sido paga por um jornalista.

A polícia afirma que a fatura foi paga pelo gerente do local, mas não explicou o motivo do generoso presente.

Stephenson reagiu ainda à critica de que a polícia não investigou a fundo as denúncias de grampo da primeira vez que surgiram, em 2006.

Com o agravamento da crise, diante de denúncias de que as escutas ilegais tiveram como alvo também vítimas de crime, familiares de soldados mortos em guerra e até mesmo um primo do brasileiro Jean Charles de Menezes, especula-se que Stephenson e outros trabalhavam para evitar que os grampos fossem investigados a fundo.

"Eu não tinha conhecimento ou envolvimento na investigação original dos grampos em 2006, que levaram de maneira bem sucedida à condenação e prisão de dois homens. Eu não tinha razão para acreditar que foi qualquer coisa que não uma investigação bem sucedida. Eu não sabia que havia quaisquer outros documentos em nossa posse da natureza que surgiram agora", disse.

BRASIL

Ex-deputado do castelo usou verba indenizatória para socorrer empresas de sua propriedade

Os brasileiros já se acostumaram com a criatividade de alguns políticos dos legislativos federal, estadual e municipal para torrar de forma ilegal a verba indenizatória, que deveria ser usada para o exercício de seus mandatos. Já houve parlamentar que lançou mão do recurso para custear viagens de passeio com a família, pagamento de impostos de seus veículos, financiamento de festas para eleitores, entre outros mimos. Mas ainda assim alguns conseguem surpreender. O ex-deputado federal Edmar Moreira, que ficou conhecido por ter sido dono de um castelo no interior de Minas, por exemplo, usou R$ 230 mil da verba indenizatória, em 2007 e 2008, para socorrer empresas de segurança, de sua propriedade, que estavam falidas.

O emprego inusitado da verba foi admitido pelo próprio parlamentar durante seu depoimento à Comissão de Sindicância, instaurada pela Corregedoria da Câmara, em março de 2009. No entanto, a confissão do socorro a empresas privadas com dinheiro público, em depoimento no dia 19 daquele mês à comissão (veja quadro), só foi revelada agora. Edmar Moreira, que ficou conhecido não só por ter sido dono de um castelo, mas também por trapalhadas quando assumiu a corregedoria da Casa, ao defender o fim do julgamento dos parlamentares no Conselho de Ética , disse ao relator da sindicância, à época deputado federal José Eduardo Cardozo (PT-RJ), hoje ministro da Justiça, que a verba pagou seu serviço de segurança naquele período porque as empresas estavam em estado de “pré-falência“.

A confissão, entretanto, custou caro a Edmar: em seu relatório, Cardozo foi duro e defendeu a instauração de processo disciplinar por quebra do decoro parlamentar, o que de fato ocorreu. Cardozo concluiu que ficaram configurados indícios de infringência ao decoro. E foi mais longe. Em um trecho do seu relatório, ele coloca sob suspeita a transação de venda de uma das empresas do então colega Edmar. E afirma: “De início, cumpre observar que resta comprovado que o representado apresentou à Casa, entre maio de 2007 e janeiro de 2009, notas fiscais de empresas que foram (Itatiaia) ou são (Ronda) de sua propriedade , das quais foram sócios apenas ele e sua mulher. Mesmo a empresa cuja propriedade foi transferida, o foi para um coronel da PM que trabalhara para o representado, em momento de grande dificuldade financeira (pré-falimentar) e com quitação plena e irrevogável, o que indica a possibilidade de configurar a tentativa de salvaguardar os bens dos sócios do concurso creditório prestes a se instituir”.

ROMBO Mas o tamanho do rombo nas empresas que pertenceram ao ex-parlamentar, derrotado nas eleições de 2010 é facilmente apurado numa simples pesquisa no site do Judiciário. De acordo com o Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região, em São Paulo, tramitam ali cinco ações de execuções fiscais, que totalizam dívidas com a Previdência no valor de R$ 53.187.967,25. Essas ações foram ajuizadas contra o ex-parlamentar e sua empresa F. Moreira Empresa de Segurança e Vigilância. Se não bastasse, a Empresa de Segurança de Crédito Itatiaia Ltda., que foi de sua propriedade, acumula dívidas de R$ 2.299.219,65 junto à Prefeitura de Belo Horizonte. Uma ação de execução fiscal, que está atualmente embargada, tenta cobrar o valor devido. Além disso, em razão desse rombo, Edmar Moreira e sua mulher respondem, por decisão unânime do Supremo Tribunal Federal (STF), a processo pelo crime de apropriação indébita previdenciária.

Apesar de todos esses registros, Edmar Moreira conseguiu ser absolvido no processo disciplinar, sob a alegação de não existir uma norma na Câmara que proibisse a contratação de segurança por empresas de parlamentares. Mas o relator na Comissão de Ética, deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), pediu a perda do mandato de Edmar e não poupou críticas à sua conduta. Em seu parecer, afirmou: “A necessidade de aplicação dos princípios da legalidade e da impessoalidade no contexto do caso que ora se analisa é manifesta: o deputado Edmar Moreira, em suas defesas, dá muita ênfase ao fato de não existir, à época, qualquer norma interna que proibisse expressamente usar a verba indenizatória para pagar serviços prestados por empresas de sua propriedade e, que em virtude disso, não haveria nenhuma irregularidade. A questão que se impõe é a seguinte: qual norma interna ou lei vigente no país, à época, autorizava essa prática ao deputado, de acordo com princípios da legalidade e da impressoalidade? A resposta é óbvia: nenhuma”. Procurado, o deputado Edmar Moreira não foi localizado pela reportagem.


O que é verba indenizatória:

Na Câmara dos Deputados, a verba indenizatória é de R$ 15 mil mensais, que podem ser usados pelos deputados em despesas de aluguel, manutenção de escritório, alimentação, serviços de consultoria e pesquisa, contratação de segurança, assinatura de publicações, TV a cabo, internet, transporte e hospedagem do parlamentar e de seus assessores, entre outras. O saldo não usado fica acumulado para o mês seguinte, dentro do limite de um semestre. Ou seja, a cada seis meses a conta é zerada. Pelo critério atual, o deputado só recebe de volta o dinheiro efetivamente gasto, comprovado por meio de notas fiscais.

Indústria brasileira abusa do sal para vender mais


De acordo com o Ministério da Saúde, brasileiros consomem, em média, 9,6 gramas diárias de sal, quase o dobro do recomendado pela OMS

A indústria alimentícia e o Ministério da Saúde firmaram ontem um termo de compromisso de redução gradual na quantidade de sódio de 16 tipos de alimentos. As primeiras reduções vão ocorrer com massas instantâneas, pães e bisnaguinhas, a partir de 2012.

Massas instantâneas deverão ser produzidas a partir do ano que vem com teor de sódio 30% menor do que o atualmente apresentado. Pães e bisnaguinhas virão com redução de 10%. O cronograma prevê diminuição do uso do sódio até 2020 (mais informações nesta página). Segundo o Ministério da Saúde, o brasileiro consome, em média, 9,6 gramas diárias de sal. A Organização Mundial da Saúde recomenda que consumo máximo não ultrapasse 5 gramas diárias. O excesso de sal na dieta está associado a maior risco de doenças como hipertensão, problemas cardiovasculares, renais e cânceres.

Atualmente, cada 100 gramas de macarrão instantâneo produzido no Brasil apresenta entre 2.036 e 4.718 miligramas de sódio. No Canadá, a média de sódio é de 926,9 miligramas a cada 100 gramas do produto.

No caso do pão de forma, os índices dos produtos brasileiros também são expressivamente maiores. Enquanto no Canadá a média varia de 361 a 526 miligramas de sódio a cada 100 gramas do alimento, no Brasil, a mesma quantidade do produto traz entre 437 e 796 miligramas.

A implementação do acordo será acompanhada pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ao longo do processo, o governo deverá fazer estudos para avaliar os reflexos da redução nos indicadores da saúde.

O presidente da Associação Brasileira de Indústrias de Alimentação, Edmundo Klotz, afirmou que ainda não foi avaliado qual será o impacto no sabor da redução de sódio dos produtos. Ele disse estar convicto, no entanto, de que alternativas adequadas serão encontradas. "Já fizemos isso com relação à gordura trans", lembrou. Um acordo firmado entre 2007 e 2010 permitiu a redução de 230 mil toneladas da substância - associada a um maior risco de doenças cardiovasculares - a alimentos industrializados.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que pactos firmados entre governo e setor produtivo são estratégia ideal para incentivar a adoção de hábitos saudáveis.

O ministro evitou fazer comentários sobre a medida proposta pela Anvisa de inclusão de avisos de advertências nas embalagens de alimentos com altos teores de açúcar e gordura - substâncias que, assim como o sal, quando ingeridas em quantidades excessivas, podem aumentar o risco de problemas de saúde, como obesidade e doenças cardíacas. "Esse é um debate que está sendo feito. O importante é reforçar a informação para população", afirmou.

Atividade física. O ministério anunciou ainda o lançamento de um programa para estimular a prática de atividade física, o Academia da Saúde. A proposta permite a criação de espaços para prática de atividades individuais e coletivas, com participação de profissionais que trabalham no Estratégia de Saúde da Família. O ministério, no entanto, não informou quanto será destinado para esse programa. Os recursos virão de emendas parlamentares. Também ontem, a pasta colocou em consulta pública a metodologia para criação de um novo indicador sobre qualidade do atendimento de saúde e da satisfação da população com serviços prestados. A proposta ficará em consulta pública por 60 dias.

Alimentos naturais já contêm o mineral

O sódio, embora seja popularmente associado ao sabor salgado, funciona como conservante para os alimentos industrializados. Ele também é usado para enaltecer o sabor, mesmo dos doces. Além do sódio adicionado no preparo industrial, há também o sódio natural dos alimentos e, ainda, o sal que se coloca no prato, na hora de comer. No final do dia, portanto, a conta é alta.

O sódio em excesso faz mal porque ele deve estar sempre em equilíbrio com a quantidade de água presente no sangue. Quando está sobrando, o organismo atua para restabelecer o equilíbrio, tirando água de dentro das células para diluí-lo. Com esse aporte de água, o volume de sangue aumenta, elevando a pressão dentro das artérias e favorecendo o surgimento das doenças cardiovasculares.

Além disso, o sal em excesso é responsável pela retenção de líquido e pela formação de edemas pelo corpo. Alguns médicos também relacionam o exagero ao câncer de estômago e à osteoporose.

Apesar de estar associado a diversas doenças se ingerido em excesso, o sódio desempenha uma importante função no corpo. Ele ajuda a regular a pressão osmótica, que é o mecanismo que controla a quantidade de água nas células. O risco de ingerir uma quantidade insuficiente do mineral é pequeno. Sem qualquer adição de sal, carnes, peixes, derivados de leite e vegetais - sobretudo feijão, tomate e alface - fornecem ao corpo a quantidade mínima necessária por dia.

Até o pote de iogurte light traz sódio demais

Em fevereiro, uma pesquisa norte-americana incluiu até o refrigerante light entre os vilões do sódio. A bebida, embora pouco calórica, contém mais sódio do que a versão tradicional. O estudo, feito pela Universidade de Miami e apresentado em congresso médico nos EUA, relacionou a ingestão exagerada da bebida a um risco aumentado de passar por enfarte ou acidente vascular cerebral (AVC).

Uma lata de refrigerante à base de cola (350 ml) do tipo zero açúcar, por exemplo, tem 49 miligramas de sódio. A maior concentração de sódio nas linhas diet e light pode ser explicada pela adição do ciclamato de sódio, um tipo de adoçante. Um pote de iogurte light com 170g, que parece inofensivo, carrega 122 mg de sódio, quase a mesma quantidade existente em três biscoitos de água e sal. Um pacote de suco em pó light (10 gramas) tem 125 miligramas de sódio.

O início do fim da letra cursiva

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Escolas americanas serão obrigadas a ensinar crianças a digitar, mas não a escrever em letra de mão.

A digitação em teclados e smartphones parece ser a forma de escrita do futuro, mas a que custo? A depender de algumas regiões dos Estados Unidos, ela substituirá a letra cursiva. Norma aprovada em Indiana, nessa semana, exige que as escolas ensinem as crianças a digitarem, mas não as obriga a treiná-las no uso da letra que nos foi tão cara.

A iniciativa faz parte de um projeto mais amplo, desenvolvido pelo Conselho de Diretores de Colégios (CCSSO, na sigla em inglês) e pela Associação Nacional de Governadores, e adotado por 46 Estados em junho de 2010. Ele delimita as habilidades que as crianças precisam aprender de modo que estejam mais preparadas para os desafios que o futuro reserva. A digitação é uma delas; a escrita cursiva, não.

“Com o acompanhamento de adultos, usar a tecnologia – inclusive a Internet – para produzir e publicar textos (escritos a partir do teclado), e para a interação e a colaboração com colegas”, diz um dos artigos. Em seguida, outra lição complementa: “demonstrar domínio suficiente para digitar no mínimo uma página sem levantar-se” – provavelmente, para não perder o foco.

Deve-se destacar que os professores têm a opção de continuar lecionando a escrita em letra cursiva, já que os padrões acordados foram elaborados de modo que não sejam exclusivos e, sim, flexíveis. No entanto, muitos são contra a medida.

Opiniões divergentes
No portal Indystar, o internauta Jerry Long, que tem um filho de 12 anos, argumenta: “Penso que as crianças deveriam ter a oportunidade de aprender tudo que um dia, talvez, possam precisar. Como elas saberão assinar seus nomes sem a letra cursiva?”.

Já na rede BBC, o professor Paul Sullivan, professor na Califórnia, também demonstrou sua insatisfação: “A fluidez da letra cursiva favorece a educação dos jovens, que gravam mais rápido a gramática das palavras, e tendem a ler e compreender melhor histórias e notícias”. Para ele, “há uma conexão entre o processo de aprendizagem da letra cursiva a o próprio exercício da escrita”.

À mesma rede, porém, o psicólogo Scott Hamilton, de Indiana, defendeu a proposta, por pensar que o tempo que as crianças passam para dominar a técnica – praticando-a durante todo o ano – pode ser melhor utilizado. “Do meu ponto de vista, faz sentido, considerando o mundo digital no qual essas crianças estão crescendo”.

Denna Renbarger, superintendente de um colégio do mesmo Estado, concorda: “Acho que é um avanço. Há coisas bem mais importantes a serem lecionadas do que a letra cursiva”.

Microsoft lucra mais com o Android do que com o WP7




Distribuindo processos contra fabricantes que usam o SO da Google, seu desenvolvedor, Microsoft está faturando devido a patentes.

Um dos setores mais rentáveis da Microsoft é o de dispositivos móveis. Mas não pense que o Windows Phone 7 está decolando – a fonte do dinheiro é outra e atende pelo nome de Android.

Sim, o sistema da Google baseado no Linux é um dos alvos preferidos da gigante em se tratando de ações judiciais. Nos últimos anos, o número de processos por quebra de patentes aumentou consideravelmente pelo lado da companhia de Redmond, mas, em vez de priorizar sua luta contra a própria desenvolvedora do software, ela prefere denunciar as fabricantes que o utilizam.

A última vítima foi a Wistron Corp., braço da Acer. Ela concordou em repassar parte do que ganhar com cada aparelho da plataforma vendido. Segundo comunicado da Microsoft, o contrato assinado assegura “ampla cobertura em termos de patentes sobre os tablets, smartphones, e-readers e quaisquer outros dispositivos que rodem plataformas Android ou Chrome”.

Você não encontrará os produtos da Wistron nas lojas, já que ela apenas fabrica componentes para outras marcas. O fato de o processo incluir não só o Android, mas também o Chrome, demonstra que a Microsoft está atacando a Google em múltiplas frentes. O SO construído a partir do navegador chegou recentemente ao mercado via empresas como Acer e Samsung.

“Estamos satisfeitos por a Wisdron ter decidido tomar vantagem desse nosso programa de licenciamento, elaborado para ajudar companhias que enfrentam problemas relacionados ao Android”, disse o conselheiro geral da Microsoft, Horacio Gutierrez.

A gigante já obteve mais de 700 acordos desde que criou seu plano de licenciamento em 2003, que, obviamente, não tinha o Android como principal alvo. No entanto, desde que a plataforma da Google passou a ser visada, já são cinco as empresas que preferiram não levar a ação às últimas conseqüências – só na última semana, Velocity Micro, General Dynamics e Onkyo Corp. se renderam.

A maior vitória, porém, ocorreu ano passado com a HTC. Desde então, a fabricante – cuja linha de celulares Android vende muito bem nos principais mercados – paga 5 dólares por cada dispositivo com o SO vendido. Por conta disso, analistas chegaram a dizer que a Microsoft ganha mais com o sistema da Google do que com o seu próprio.

Ela, entretanto, está longe de se acalmar, afinal, há dezenas de companhias que utilizam o Android em seus produtos. Uma delas, a Motorola, resolveu combater a Microsoft em juízo, mas segundo o especialista em patentes Florian Mueller, as perspectivas não são boas para a fabricante.

Como destaca Mueller, a Barnes & Noble – rede de livrarias desenvolvedora do tablet Nook – também enfrenta processo semelhante, enquanto que LG e Samsung já chegaram a um consenso com a companhia de Redmond, embora os detalhes não sejam conhecidos.

A difícil relação da Microsoft com produtos baseados em Linux remonta a anos atrás. Em 2003, por exemplo, o CEO Steve Ballmer, chamou a plataforma aberta de câncer e, em 2007, afirmou que ela violava 235 patentes da empresa.

Justiça na Inglaterra X Justila no Brasil



Médica de SE é condenada a pagar R$ 10 mil a funcionário da Gol



A médica Ana Flávia Pinto Silva foi condenada a pagar R$ 10 mil de indenização a um funcionário da Gol ofendido em 2009 no aeroporto Santa Maria, em Aracaju (SE). A decisão foi divulgada nesta terça-feira pelo Tribunal de Justiça de Sergipe.

Segundo a polícia, no dia 26 de outubro a médica invadiu o espaço destinado aos funcionários da companhia aérea após se atrasar e ser informada de que não poderia embarcar em um voo para a Argentina.

Na época, imagens da confusão foram parar no YouTube. No vídeo, hoje retirado do ar, ela afirma que não perderia sua de lua de mel e grita ofensas como "morto de fome", "nego" e "analfabeto" a Diego José Gonzaga. Em seguida, um homem tenta retirá-la do local.

O valor da indenização a Gonzaga foi determinado com a suspensão condicional do processo. Para não ser julgada pelo crime de injúria racial, a médica terá que se apresentar à Justiça uma vez por mês durante dois anos.

No período, ela também ficará impedida de frequentar bares e similares depois das 22h e sair da cidade por mais de 30 dias sem autorização judicial.

O acordo foi proposto pelo promotor de Justiça João Rodrigues Neto e aceito pelo juiz José Anselmo de Oliveira.

Apesar da suspensão do processo criminal, um processo cível ainda será analisado pelo TJ. Na primeira instância, ela foi condenada a pagar R$ 8.000 de indenização ao funcionário, mas recorreu da decisão.

Com a repercussão do caso, a médica divulgou uma nota à época pedindo desculpas ao "funcionário e a toda sociedade sergipana pelo lamentável episódio". Ela justificou sua atitude dizendo ter "entrado em pânico" por não ter conseguido pegar o voo. "Fui acometida por reações impensadas e nunca antes experimentadas."

NA INGLATERRA...

Filho do guitarrista do Pink Floyd é condenado a 16 meses de prisão

Charlie Gilmour, filho do guitarrista do Pink Floyd David Gilmour, foi condenado nesta sexta-feira por um tribunal britânico a 16 meses de prisão por comportamento ofensivo durante um protesto estudantil em Londres no ano passado.

Charlie Gilmour, de 21 anos, participou no final de 2010 de uma manifestação contra o aumento das taxas universitárias e foi visto agitando uma bandeira britânica no principal monumento do país em homenagem aos soldados mortos em combate.

O jovem, que estuda na Universidade de Cambridge, foi condenado pelo tribunal de Kingston (sudoeste de Londres) por provocar desordem durante as manifestações.

Durante a audiência, foi dito que Gilmour tinha consumindo LSD e álcool no dia do protesto.

"Semelhante comportamento escandaloso e ofensivo é um claro sinal de que estava fora de controle. (Seu comportamento) causou, com razão, indignação", disse o juiz Nicholas Price.

Gilmour, que pediu desculpas diante do juiz, admitiu que no dia da manifestação não se deu conta do significado que o monumento tinha, mas a corte não aceitou esse argumento.

"O senhor mostrou uma falta de respeito pelos que se sacrificaram e morreram para defender este país", afirmou o juiz.

control userpasswords2 - Verifique se o seu computador está hackeado

Vírus brasileiro cria conta de acesso remoto no computador da vítima

Para não ter problemas no acesso remoto, o vírus muda uma configuração do Windows permitindo que mais de uma conexão ativa na área de trabalho remota possa ser feita. Ele também garante sua inicialização junto com o sistema cadastrando “Tarefas Agendadas” no Windows – um método incomum para iniciar vírus no Brasil.

Conta de acesso para criminosos tem o nome de 'Remo'.

O analista de vírus da Kaspersky Lab Fabio Assolini explica que o vírus envia informações sobre os computadores infectados para uma página na web. A página mostra que existem mais de 3.300 computadores infectados com a praga digital.

Os criminosos estão vendendo os computadores infectados por R$ 100. As máquinas podem ser utilizadas para o envio de spam – mensagens de e-mail em massa – contendo, por exemplo, pragas digitais para a realização de mais fraudes bancárias.

O usuário pode verificar se está infectado clicando em “Iniciar”, “Executar” e colocando o comando “control userpasswords2” (sem aspas). Se a conta de usuário “Remo” estiver presente e não foi criada por nenhum usuário do computador, é provável que o vírus a tenha registrado.15/07/2011 19h40 - Atualizado em 15/07/2011 19h43

A fabricante de antivírus Kaspersky Lab divulgou a existência de um vírus brasileiro que, além de roubar senhas bancárias, cria uma conta de usuário no sistema para permitir que o criminoso controle o computador remotamente. Essa prática é rara em códigos maliciosos feitos no Brasil, que normalmente operam sem controle direto dos responsáveis.